Segundo Domingo Advento – 4 Dezembro 2011.
O que Isaias pronunciou a 2.700 anos, nos chega neste domingo, na primeira leitura: Consolai o meu povo... abri caminho no deserto... vales e montes transformados...
Os caminhos tortuosos, denunciados pelos que mais estudaram a nossa realidade:
1. Tecnologia não está só influenciando, mas configurando a todos nós (sentir, pensar, necessitar, comprar...)
2. As comunidades virtuais se tornam mais comuns que as comunidades recais (facebook)
3. Obsessão do sucesso (É preciso obter os instrumentos da última geração)
4. Só o momento presente é importante. Não há preocupação pelas consequências (droga, álcool, sexo). “Prefiro uma semana de rei do que uma vida de porco”.
5. Ceticismo e cinismo; nenhuma certeza, nenhuma fé... fascínio por vampiros e extra terrestres (Harry Potter)
6. Estado de desespero reprimido. Buscar segurança no passado (voltar ao útero materno).
7. Para enfrentar os desafios, as lutas da vida: álcool, drogas, religião para que Deus e os santos façam milagres por nos
Ao mesmo tempo, as “estruturas de graça” indicadas por Karl Rahner: a Igreja do futuro será de místicos, de comunidade e de compromisso com os mais necessitados.
As grandes figuras do Advento, que nos acompanham e orientam são: Abraão – nosso pai na fé... deixa sua terra, vai para onde Deus lhe indica, se dispõe até a sacrificar ao único filho, Isaac... peregrinou toda a vida sem ter terra própria. Nesta no ponto de partida dos Judeus, dos cristãos, dos muçulmanos, as três religiões monoteístas.
João Batista – a voz que clama no deserto convocando à penitencia, a preparar os caminhos para Aquele que deve vir.
Maria – a jovem que aceita que Deus mude seus planos e sua vida estará para sempre ligada ao projeto do Pai, em Jesus.
Junto com os grandes referenciais bíblicos do Advento, pensemos também em figuras do nosso tempo. Ontem, o grupo que jovens que estava reunido numa manhã de oração e encontro Eucarístico, escolheu: João XXIII (pelos católicos); Martin Luther King Jr (pelos evangélicos), e Mahatma Gandhi (pelas grandes religiões não monoteístas).
Em essa nova caminhada de fé, escutamos a Dietrich Bonhoefferr, o pastor luterano martirizado pelos nazistas: “Pai, não entendo os seus caminhos, mas tu sabes os sendeiros que devo percorrer!”
E Agostinho de Hipona: “Deus não manda coisas impossíveis, mas sim ao mandar o que manda, convida-te a fazer o que possas; e pedir o que não possas e te ajuda para que possas!.
No final do século XX, a François Mauriac: “Pensamos que Deus não escuta nossos apelos. Mas somos nos que não escutamos suas respostas”.
J.Marins
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