Saiu o Papa e apareceu o peregrino,
saiu o que governa e entrou aquele que se une a todos em oração
Ele e nos, em oração, queremos pedir
por um Papa que tenha um grande tato e perfil de "Pastor", não na
autoridade administrativa e institucional (como muitas vezes se pensa), mais no
zelo e no cuidado, no acolhimento e no “entranhamento” do sofrimento do povo,
que tenha grande vivência espiritual, que seja aberto a ouvir (internamente e
externamente na Igreja) e tenha o papel de diálogo (com todos), que saiba
acalentar aqueles que mais sofrem e que são as grandes vítimas.
Que tenha a coragem e a humildade para enfrentar os problemas internos
da Igreja, situações até constrangedoras (que afetaram Bento XVI), mas que devem ser enfrentadas para resgatar credibilidade, confiança e
respeito.
IGREJA
Para ser sempre a mesma comunidade de
Jesus ela deve continuamente ter a coragem de mudar. O que não significa ir
contra a tradição eclesial, não significa romper com questões caras a fé; ao
contrário, significa ir ao centro da fé, significar ir ao encontro e acolher o
mundo que ri e que chora, que espera e que ama. Mudar, em muitos casos, é saber
dar um rumo certo a situações que não se pode mais suportar. Neste ponto, há
coisas sim, que devem mudar.
Apegados ao Vaticano II
e deixando o Espírito de Cristo soprar na Igreja, queremos ser:
+ Uma Igreja que saiba ouvir
os sinais dos tempos e que saiba dar uma resposta corajosa e de esperança aos
que esperam em nome de Cristo. Queremos ter uma Igreja que saiba ser sinal e
que não centralize em si mesma, apenas institucionalmente, todas as questões,
mas que aponte o caminho, que conduza à verdade, que oriente e bem guarde os
seus fiéis. Queremos uma Igreja que saiba ser Católica, no sentido autêntico de
sua palavra, que seja aberta, que saiba acolher a todos e que possa sentar-se a
mesa com todos; que não rejeite o diferente, mas que a exemplo do bom
samaritano, passe a acolhê-lo e a protegê-lo.
+ Uma Igreja que se faça
perceber em cada canto do mundo e que cada canto do mundo possa se fazer
perceber na Igreja, mostrando a riqueza cultural de cada gente, de cada povo,
de cada música e oração, mostrando os traços de cada rosto que formam este
único corpo, que é a Igreja.
+
Queremos uma Igreja que tenha “jeito” de povo e que o “povo” se identifique com
ela.
+
Queremos uma Igreja que seja ecumênica e que se coloque em diálogo religioso
para o resgate do mundo, a serviço de Deus e em favor do mundo.
+
Queremos uma Igreja com espaço para os jovens, para as mulheres e para todos os
leigos e leigas que se alimentam de sua fé, que desejam e querem trabalhar na
Vinha do Senhor.
+
Queremos uma Igreja que seja a casa dos pobres, que acolha os aflitos, que
ampare os doentes e que seja um autêntico testemunho de Cristo.
+
Queremos uma Igreja que se encontre com Cristo e que Este diga a Igreja: “Eu
tive fome e me deste de comer, eu tive sede e me deste de beber, eu estava nu e
me vestiste, estava preso e me visitaste, era estrangeiro e me acolheste...”.
Aí sim, poderemos dizer, com Cristo, “que o Espírito de Deus está sobre nós, e
que Ele nos ungiu, para evangelizar os pobres, para curar os doentes, para
libertar os presos e para proclamar o tempo da graça do Senhor”.
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