"Eu vejo na Igreja de hoje tantas cinzas debaixo das brasas que muitas vezes me assalta um sentimento de impotência", declarava em sua última entrevista o cardeal de Milão, recentemente falecido, Carlo Maria Martini.
Martin Werlen citou essas palavras em uma palestra proferida no dia 21 de outubro, por ocasião da abertura do Ano da Fé na igreja da abadia beneditina de Einsiedeln. O texto, que causou alvoroço nos últimos dias, foi revisto e publicado em forma de livreto. Trata-se de um documento de trabalho, que deve ser discutido e talvez criticado, como diz o breve texto de apresentação. "Esperamos que estas palavras encorajem as pessoas envolvidas na Igreja, para além de toda tentação de desespero, a buscar juntas as brasas debaixo das cinzas, para que o fogo volte a arder".
Punhados de cinzas frias
Martin Werlen considera a sua reflexão absolutamente como uma "pro-vocação". Nessa palavra, estão contidos os termos "vocação", que significa "chamado, convite", e o prefixo "pro-", que diz claramente que esse chamado é um desafio e um estímulo "positivos".
Werlen percebe inúmeros punhados de cinzas frias na Igreja de hoje. O seu diagnóstico é impetuoso: a situação da Igreja, 50 anos depois da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965), é dramática, e não só nos países de língua alemã. Não se trata apenas do agravamento da situação de falta de padres e religiosos, nem se trata apenas do constante declínio da frequência às igrejas... O verdadeiro problema, segundo Werlen, está além disso: "Falta fogo!".
Cerca de 20% da população suíça não pertence a nenhuma comunidade de fé, e essa tendência está aumentando. Para Werlen, é claro: "Se as coisas continuarem assim, a nossa fria Igreja, nestas latitudes, pode efetivamente desaparecer, juntamente com as suas instituições".
Nessa situação, é grande a tentação de permanecer apegados às cinzas, diz Werlen, chegando a falar da forte polarização existente entre conservadores e progressistas na Igreja de hoje. Em ambos os lados, gira-se muito ao redor das cinzas. Para ele, é claro: "Se, como Igreja, nos bloqueamos nas polarizações, impedimos que as pessoas descubram a brasa que dá a vida e que quer continuar ardendo hoje também". O objetivo deve ser "ouvir hoje o que Deus quer nos dizer, e também fazê-lo".
Problemas por culpa própria
Werlen fala muito claramente sobre os problemas em que a Igreja se encontrará por culpa própria. Se ainda há hoje expoentes do clero que se lamentam de que há 40 anos são propostos à discussão sempre os mesmos problemas, significa que nisso há algo central em jogo, diz Werlen. "Se os problemas não forem enfrentados ou se nem mesmo é lícito falar a respeito, com esse comportamento colocamos em jogo a nossa credibilidade – e, com ela, também a fé. O essencial está em jogo!".
E ainda: ato de desobediência é não levar a sério as pessoas e as situações. Aludindo à Pfarrei-Initiative Schweiz (Iniciativa das Paróquias da Suíça) e tentativas semelhantes, espalhadas em várias partes do mundo, Werlen escreve: "Como aqueles que têm a responsabilidade não se dão conta da situação e são, portanto, desobedientes, nascem iniciativas que são gritos de socorro, medidas de emergência, que são, sim, compreensíveis, mas que também podem levar à divisão ou ao abandono da instituição". Ele expressa, por isso, compreensão pelas muitas iniciativas que surgiram nas últimas décadas, mas quer continuar por outro caminho: "Descobrir juntos a brasa debaixo das cinzas".
Credibilidade perdida
Segundo Martin Werlen, nos últimos anos, a Igreja "perdeu muita credibilidade". Se, por exemplo, hoje, ainda há responsáveis eclesiásticos que chegam a dizer publicamente que "a maior parte dos abusos sexuais não acontecem na Igreja, mas nas famílias", eles demonstram, dessa forma, que "não só têm uma posição defensiva irresponsável, mas também incompetência teológica".
Desse modo, enfraquece-se o testemunho da Igreja: "Mesmo quando os abusos sexuais ocorrem nas famílias dos batizados e batizadas, são abusos cometidos na Igreja. Todos os batizados fazem parte da Igreja. O testemunho deve ser de todos os batizados".
Sistema das nomeações dos bispos
Werlen vê cinzas frias a serem removidas, por exemplo, no atual sistema da nomeação dos bispos. Para a Igreja do século XXI, deveria ser natural que batizados e batizadas, crismados e crismadas de uma determinada diocese fossem envolvidos "adequadamente" no processo de nomeação.
Werlen vê cinzas frias também na discussão emperrada sobre o celibato dos padres. Ele considera que a vida celibatária é um caminho possível para seguir a Cristo, assim como a vida conjugal. Ambas as formas de vida são dons de Deus, mas isso já não é mais percebido pelas pessoas, nem pelo batizados e batizadas. "Conseguimos apresentar o seguimento de Cristo no celibato de tal modo a ser considerado lei".
Também há cinzas frias na questão de gênero, com relação à qual a Igreja sempre se mostra "desajeitada e impotente": "O ser humano é homem ou mulher. Mas a Igreja continua tendo dificuldade para dizer sim à mulher".
Aconselhar o papa por cinco anos
O abade de Einsiedeln também vê a possibilidade de percorrer novos caminhos no órgão que reúne os conselheiros do papa. Ele acredita que há espaço suficiente para novas formas, levando-se em conta que, no fim, o cardinalato não faz parte do depósito da fé. Werlen faz uma proposta: a cada cinco anos, pessoas provenientes de todas as partes do mundo – mulheres e homens, jovens e velhos – poderiam ser nomeados no órgão dos conselheiros. A cada três meses se encontrariam em Roma com o papa. Nenhum dos presentes diria ou calaria nada por preocupação com a sua carreira. Esses encontros, escreve Werlen, "poderiam trazer uma dinâmica nova na direção da Igreja".
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
A maior recepção do Vaticano II, A.Latina e Brasil
Celebramos 50 anos do Concílio Vaticano II (1962-1965). Ele representa uma ruptura do curso que a Igreja Católica vinha percorrendo por séculos. Era uma Igreja, fortaleza sitiada, defendendo-se de tudo o que vinha do mundo moderno, da ciência, da técnica e das conquistas civilizatórias como a democracia, os direitos humanos e a separação entre Igreja e Estado.
Mas uma lufada de ar fresco veio de um Papa ancião do qual nada se esperava: João XXIII (+1963). Ele abriu portas e janelas da Igreja. Disse: ela não pode ser um museu respeitável; ela tem que ser a casa de todos, arejada e agradável para se viver.
Antes de mais nada, o Concílio representou, na linguagem cunhada pelo Papa João XXIII, um aggionamento, quer dizer, uma atualização e uma reconstrução de sua auto-compreensão e do tipo de presença no mundo.
Mais que sumariar os elementos principais introduzidos pelo Concílio, interessa-nos como esteaggiornamento foi acolhido e traduzido pela Igreja latino-americana e pelo Brasil. A esse processo se chama de recepção que significa uma releitura e um refazimento das intuições conciliares dentro do contexto latino-americano, bem diferente daquele europeu no qual se elaboraram todos os documentos. Enfatizaremos apenas alguns pontos essenciais.
O primeiro, sem dúvida, foi a profunda mudança de atmosfera eclesial: antes predominava a “grande disciplina”, a uniformização romana e o ar sombrio e antiquado da vida eclesial. As Igrejas da América Latina, da África e da Ásia eram Igrejas-espelho daquela romana. De repente começaram a sentir-se Igrejas-fonte. Podiam se inculturizar e criar linguagens novas. Agora se irradia entusiasmo e coragem de criar.
Em segundo lugar, na América Latina se deu uma redefinição do lugar social da Igreja. O Vaticano II foi um Concílio universal mas na perspectiva dos países centrais e ricos. Ai se definiu a Igreja dentro do mundo moderno. Mas existe um sub-mundo de pobreza e de opressão. Este foi captado pela Igreja latino-americana. Esta deve se deslocar do centro humano para as periferias sub-humanas. Se aqui vigora opressão, sua missão deve ser de libertação. A inspiração veio das palavras do Papa João XXIII: “a Igreja é de todos mas principalmente quer ser uma Igreja dos pobres”.
Esta viragem se traduziu nas várias conferências episcopais latinoamericas desde Medellin (1968) até Aparecida (2007) pela opção solidária e preferencial pelos pobres, contra a pobreza. Ela se transformou na marca registrada da Igreja latino-americana e da teologia da libertação.
Em terceiro lugar, é a concretização da Igreja como Povo de Deus. O Vaticano II colocou esta categoria antes daquela da Hierarquia. Para a Igreja latinoamericana Povo de Deus não é uma metáfora; a grande maioria do povo é cristã e católica, logo é Povo de Deus, gemendo sob a opressão como outrora no Egito. Dai nasce a dimensão de libertação que a Igreja assume oficialmente em todos os documentos de Medellin(1968) até Aparecida (2007). Esta visão da Igreja-povo-de-Deus ensejou o surgimento das Comunidades Eclesiais de Base e das pastorais sociais.
Em quarto lugar, o Concílio entendeu a Palavra de Deus, contida na Bíblia como a alma da vida eclesial. Isso foi traduzido pela leitura popular da Bíblia e pelos milhares e milhares de círculos bíblicos. Neles os cristãos comparam a página da vida com a página da Bíblia e tiram conclusões práticas, na linha da comunhão, da participação e da libertação.
Em quinto lugar, o Concílio se abriu aos direitos humanos. Na América Latina foram traduzidos como direitos a partir dos pobres e por isso, antes de tudo, direito à vida, ao trabalho, à saúde e à educação. A partir daí se entendem os demais direitos, ir e vir e outros.
Em sexto lugar, o Concílio acolheu o ecumenismo entre as Igrejas cristãs. Na América latina oecumenismo não visa tanto a convergência nas doutrinas mas a convergência nas práticas: todas as Igrejas juntas se empenham pela libertação dos oprimidos. É um ecumenismo de missão.
Por fim, dialoga com as religiões vendo nelas a presença do Espírito que chega antes do missionário e por isso devem ser respeitadas com seus valores.
Por fim cabe reconhecer: a América Latina foi o Continente onde mais se tomou a sério o Vaticano II e mais transformação trouxe, projetando a Igreja dos pobres como desafio para a Igreja universal e para todas as consciências humanitárias
Mas uma lufada de ar fresco veio de um Papa ancião do qual nada se esperava: João XXIII (+1963). Ele abriu portas e janelas da Igreja. Disse: ela não pode ser um museu respeitável; ela tem que ser a casa de todos, arejada e agradável para se viver.
Antes de mais nada, o Concílio representou, na linguagem cunhada pelo Papa João XXIII, um aggionamento, quer dizer, uma atualização e uma reconstrução de sua auto-compreensão e do tipo de presença no mundo.
Mais que sumariar os elementos principais introduzidos pelo Concílio, interessa-nos como esteaggiornamento foi acolhido e traduzido pela Igreja latino-americana e pelo Brasil. A esse processo se chama de recepção que significa uma releitura e um refazimento das intuições conciliares dentro do contexto latino-americano, bem diferente daquele europeu no qual se elaboraram todos os documentos. Enfatizaremos apenas alguns pontos essenciais.
O primeiro, sem dúvida, foi a profunda mudança de atmosfera eclesial: antes predominava a “grande disciplina”, a uniformização romana e o ar sombrio e antiquado da vida eclesial. As Igrejas da América Latina, da África e da Ásia eram Igrejas-espelho daquela romana. De repente começaram a sentir-se Igrejas-fonte. Podiam se inculturizar e criar linguagens novas. Agora se irradia entusiasmo e coragem de criar.
Em segundo lugar, na América Latina se deu uma redefinição do lugar social da Igreja. O Vaticano II foi um Concílio universal mas na perspectiva dos países centrais e ricos. Ai se definiu a Igreja dentro do mundo moderno. Mas existe um sub-mundo de pobreza e de opressão. Este foi captado pela Igreja latino-americana. Esta deve se deslocar do centro humano para as periferias sub-humanas. Se aqui vigora opressão, sua missão deve ser de libertação. A inspiração veio das palavras do Papa João XXIII: “a Igreja é de todos mas principalmente quer ser uma Igreja dos pobres”.
Esta viragem se traduziu nas várias conferências episcopais latinoamericas desde Medellin (1968) até Aparecida (2007) pela opção solidária e preferencial pelos pobres, contra a pobreza. Ela se transformou na marca registrada da Igreja latino-americana e da teologia da libertação.
Em terceiro lugar, é a concretização da Igreja como Povo de Deus. O Vaticano II colocou esta categoria antes daquela da Hierarquia. Para a Igreja latinoamericana Povo de Deus não é uma metáfora; a grande maioria do povo é cristã e católica, logo é Povo de Deus, gemendo sob a opressão como outrora no Egito. Dai nasce a dimensão de libertação que a Igreja assume oficialmente em todos os documentos de Medellin(1968) até Aparecida (2007). Esta visão da Igreja-povo-de-Deus ensejou o surgimento das Comunidades Eclesiais de Base e das pastorais sociais.
Em quarto lugar, o Concílio entendeu a Palavra de Deus, contida na Bíblia como a alma da vida eclesial. Isso foi traduzido pela leitura popular da Bíblia e pelos milhares e milhares de círculos bíblicos. Neles os cristãos comparam a página da vida com a página da Bíblia e tiram conclusões práticas, na linha da comunhão, da participação e da libertação.
Em quinto lugar, o Concílio se abriu aos direitos humanos. Na América Latina foram traduzidos como direitos a partir dos pobres e por isso, antes de tudo, direito à vida, ao trabalho, à saúde e à educação. A partir daí se entendem os demais direitos, ir e vir e outros.
Em sexto lugar, o Concílio acolheu o ecumenismo entre as Igrejas cristãs. Na América latina oecumenismo não visa tanto a convergência nas doutrinas mas a convergência nas práticas: todas as Igrejas juntas se empenham pela libertação dos oprimidos. É um ecumenismo de missão.
Por fim, dialoga com as religiões vendo nelas a presença do Espírito que chega antes do missionário e por isso devem ser respeitadas com seus valores.
Por fim cabe reconhecer: a América Latina foi o Continente onde mais se tomou a sério o Vaticano II e mais transformação trouxe, projetando a Igreja dos pobres como desafio para a Igreja universal e para todas as consciências humanitárias
Que significa missão hoje e sempre?
O PAI
CHAMA OS FILHOS PARA EVANGELIZAR.
Evangelizar significa comunicar uma boa
noticia, o que implica "ser uma boa noticia".
IMPLICA:
1. Uma saida do nosso sempre pequeno mundo. Sair do que estamos
acostumados a fazer, dizer, e fazer, para assim poder escutar, apreciar, amar
aos outros. Ir sem bagagem que nos atravanca a caminhaa, ir aonde estão os
outros, diferentes pela idade, sexo, lcultura, formação, nacionalidade, sexo,
hábitos e até religião.
2. Não pensar que vai cronar as pessoas conosco ou com os que nós
admiramos no nosso grupo. Evangelização não produz fotocopias, mas significa
identificar e apreciar a originalidade dos outros. Reconhecer o bem que já
existe neles. Na verdade, o missionario sempre chega atrazado, nem sempre por
culpa sua, mas pela lógica das coisas, porque o Espírito Santo já chegou antes e
está trabalhando em cada pessoa humana, sem exceção.
3. O missionário, a missionária vão reconhecer o bem que já está em
marcha, para "aprender deles". Ninguém é dão pobre que nada tenha para dar.
Ninguém é tão rico que nada possa receber. Todos damos e recebemos.
4. Esse intercâmbio missionario aprofunda a propria fé de quem vai
e abre oportundiades em que recebe.
5. A missão oferece uma comunidade de participação, onde se procura
viver o que se está dizendo. Essa comunidade não tem limites de número, de tempo
ou de pessoas, é uma permanente realidade de surpresas de Deus.
+ Maria, não ficou em Nazaré adorando a criatura que o Espíritu
estava formando nela. Maria saiu da sua terra, do seu ambiente e foi apoiar a
prima Isabel, que também tinha algo para compartir, o pequeno João, que seria
precursos de Jesus.As duas mulheres uniram sua missão para ajudar a formar o
novo Povo de Deus, de toda raça e nação, de todos os tempos e
lugares.
Das duas, aprendemos como o Pai chama as suas filhas e filhos para
evangelizar.
domingo, 18 de novembro de 2012
Leigos Arq. Botucatu,sp
Nós, leigos da Arquidiocese de Botucatu, participantes deste encontro comemorativo pelos 50 anos do Concílio Vaticano II, tendo lido o Pacto das Catacumbas e o Compromisso elaborado por nossos padres e após reflexão em grupos, elaboramos as seguintes considerações:
Sinais dos tempos: os sinais dos tempos em Botucatu são animadores, porém elencamos alguns desafios:
Um dos desafios enfrentados é o relacionamento padre e leigo: alguns padres não valorizam a participar dos leigos e suas iniciativas, comportando-se como ‘donos da paróquia’; neste mesmo sentido, alguns padres não respeitam o trabalho do pároco anterior e, ao chegar à paróquia, mudam toda a caminhada. Queremos uma paróquia mais participativa, com representantes de todas as pastorais e movimentos e também a realização de assembleias paroquiais anuais.
Notamos também que é preciso se dar uma maior atenção à questão formativa, desde o processo de seleção dos candidatos, passando pelo processo formativo até o momento da ordenação, já que padres bem formados podem transformar a comunidade.
Precisamos receber uma maior formação com relação ao Vaticano II, seja em cursos ou mesmo nas homilias. Reconhecemos que é preciso assumir a opção preferencial pelos pobres e também que, antes de tudo, é preciso mudar a nós mesmos, para sermos uma Igreja mais participativa e acolhedora.
Sendo assim, em consonância com nossos padres, apresentamos as seguintes propostas:
1. Maior envolvimento dos presbíteros e a comunidade, possibilitando maior caridade pastoral. Melhorar o acolhimento nas comunidades
2. Maior formação sobre o Vaticano II seja em cursos ou homilias
3. Que as paróquias assumam o PROPAMI como plano de ação pastoral, envolvendo todas as pastorais e movimentos para realmente sermos discípulos e missionários.
4. Realização de Assembleias paroquiais anuais, onde se possam traçar os objetivos, as estratégias de ação e se faça a avaliação da caminhada da comunidade.
5. Formação Bíblica de evangelizadores e catequistas
6. Direcionar melhor as missas para crianças e jovens
7. Enfim, queremos obedecer à ordem de Jesus, “Ide, anuncia o Evangelho”.
Com a intercessão de Santana, nossa padroeira, pedimos a Deus que este compromisso se torne realidade. Botucatu, 20 de outubro de 2012.
Sinais dos tempos: os sinais dos tempos em Botucatu são animadores, porém elencamos alguns desafios:
Um dos desafios enfrentados é o relacionamento padre e leigo: alguns padres não valorizam a participar dos leigos e suas iniciativas, comportando-se como ‘donos da paróquia’; neste mesmo sentido, alguns padres não respeitam o trabalho do pároco anterior e, ao chegar à paróquia, mudam toda a caminhada. Queremos uma paróquia mais participativa, com representantes de todas as pastorais e movimentos e também a realização de assembleias paroquiais anuais.
Notamos também que é preciso se dar uma maior atenção à questão formativa, desde o processo de seleção dos candidatos, passando pelo processo formativo até o momento da ordenação, já que padres bem formados podem transformar a comunidade.
Precisamos receber uma maior formação com relação ao Vaticano II, seja em cursos ou mesmo nas homilias. Reconhecemos que é preciso assumir a opção preferencial pelos pobres e também que, antes de tudo, é preciso mudar a nós mesmos, para sermos uma Igreja mais participativa e acolhedora.
Sendo assim, em consonância com nossos padres, apresentamos as seguintes propostas:
1. Maior envolvimento dos presbíteros e a comunidade, possibilitando maior caridade pastoral. Melhorar o acolhimento nas comunidades
2. Maior formação sobre o Vaticano II seja em cursos ou homilias
3. Que as paróquias assumam o PROPAMI como plano de ação pastoral, envolvendo todas as pastorais e movimentos para realmente sermos discípulos e missionários.
4. Realização de Assembleias paroquiais anuais, onde se possam traçar os objetivos, as estratégias de ação e se faça a avaliação da caminhada da comunidade.
5. Formação Bíblica de evangelizadores e catequistas
6. Direcionar melhor as missas para crianças e jovens
7. Enfim, queremos obedecer à ordem de Jesus, “Ide, anuncia o Evangelho”.
Com a intercessão de Santana, nossa padroeira, pedimos a Deus que este compromisso se torne realidade. Botucatu, 20 de outubro de 2012.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
A guerra jamais vista
Limitées, asymétriques, irrégulières, les guerres ne sont plus ce qu'elles
étaient. Le règne des forces spéciales, des opérations clandestines, des avions
téléguidés façonne désormais le visage des conflits dans un halo de secret et
d'impunité jamais égalé.
Guerras que nunca pensamos
Malgré la fin de la guerre froide, les conflits militaires se sont multipliés
à travers la planète. Mais ils prennent un tour nouveau, et les doctrines
stratégiques tentent de définir (voire d'inventer) qui est l'« ennemi ». Elles doivent aussi
s'adapter à des évolutions imprévisibles - notamment aux combats urbains - et à
des bouleversements technologiques spectaculaires, qui redéfinissent les lois
mêmes de la guerre.
En témoignent l'usage massif par les Etats-Unis de drones, qui peuvent tuer à distance ; les recherches sur les médicaments comme agents offensifs particulièrement meurtriers ; et l'utilisation de cybervirus dans le bras de fer qui les oppose, avec Israël, à l'Iran. Avant même d'avoir été déclarée officiellement, la guerre devient ainsi un mode normal de la gestion des crises, avec tous les dangers que cela entraîne
En témoignent l'usage massif par les Etats-Unis de drones, qui peuvent tuer à distance ; les recherches sur les médicaments comme agents offensifs particulièrement meurtriers ; et l'utilisation de cybervirus dans le bras de fer qui les oppose, avec Israël, à l'Iran. Avant même d'avoir été déclarée officiellement, la guerre devient ainsi un mode normal de la gestion des crises, avec tous les dangers que cela entraîne
Fundamentalismo religioso na política (Beto)
Pensamentos do Frei Beto:
Sabemos que nenhuma lei pode forçar um cidadão a abraçar um determinado princípio religioso. Mas a lei pode obrigá-lo a se submeter a um procedimento que contraria a razão e a ciência, e só faz sentido à luz de um princípio religioso, como proibir transfusão de sangue...
A história não segue em movimento linear. Por vezes, retrocede. E aquilo que foi ainda será se não lograrmos predominar a concepção de que o amor deve sempre prevalecer sobre a fé.
"O tema religioso pode ganhar mais
relevância que programas de governo.
Mesclar poder religioso e poder político é reforçar o fundamentalismo e, em suas águas turvas, o preconceito, a discriminação e, inclusive, a exclusão E então:
-
já não importaria a fidelidade
ao programa do partido, mas sim a crença, a fidelidade a uma determinada
doutrina ou líderes religiosos; Os legisladores aprovariam leis, não em benefício do conjunto da população, e sim,
para enquadrar todos sob a égide de uma doutrina confessional, tenham ou não fé
nessa doutrina.
Mesclar poder religioso e poder político é reforçar o fundamentalismo e, em suas águas turvas, o preconceito, a discriminação e, inclusive, a exclusão E então:
Sabemos que nenhuma lei pode forçar um cidadão a abraçar um determinado princípio religioso. Mas a lei pode obrigá-lo a se submeter a um procedimento que contraria a razão e a ciência, e só faz sentido à luz de um princípio religioso, como proibir transfusão de sangue...
A história não segue em movimento linear. Por vezes, retrocede. E aquilo que foi ainda será se não lograrmos predominar a concepção de que o amor deve sempre prevalecer sobre a fé.
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