sábado, 7 de abril de 2012

Crise eclesial - Pagola



Sim. Na minha opinião, o abandono do Concílio é um dos fatos mais deploráveis na Igreja atual. É um drama que a Igreja pretenda caminhar rumo ao futuro, em meio a uma sociedade plural e secularizada, de costas para a perspectiva, para as linhas de força e para o espírito do Concílio. Se o
Vaticano II foi, segundo João Paulo II, a maior graça que a Igreja recebeu no século XX, estamos cometendo um grave pecado contra essa graça. Em muitos lugares a graça do Concílio não está chegando ao povo de Deus.

Como recuperar o dinamismo pastoral daquela primavera eclesial?

Não se deve pensar num novo Concílio nem esperar a liderança de um Papa renovador. Também não podemos sonhar com receitas mágicas. Necessitamos conhecer, o quanto antes, um clima mais saudável e amável, introduzir na igreja a confiança, sentir-nos unidos em torno de um projeto de fundo com o qual possamos nos identificar. Este clima só Jesus pode produzir. A reação virá dos setores mais evangélicos da Igreja: os grupos de pessoas simples, reunidas em torno do evangelho de Jesus. É aí onde se está gestando agora um dinamismo novo por uma Igreja mais evangélica. Creio que a partir desses pequenos grupos vai se caminhar nas próximas décadas rumo a uma nova fase de cristianismo mais fiel a Jesus e ao seu projeto do Reino de Deus.

Ha uma estratégia decidida às costas das igrejas diocesanas: nomeação de bispos de perfil não conciliar, consignas muito precisas de atuação pastoral, marginalização das gerações de presbíteros do Concílio, imposição de um estilo de governo mais autoritário, o enfraquecimento dos Conselhos de Presbíteros, impulso de práticas pré-conciliares... Provavelmente, tudo isto nasceu da vontade de corrigir abusos e desvios depois do Concílio, mas é evidente que se foi longe demais. Como disse K. Rahner pouco antes de sua morte, eu também creio que se trata apenas de uma “onda passageira de resistência ao Concílio”. Em breve, se imporá uma maior sensatez evangélica e eclesial.

Por que o Jesus da história assusta ainda em certos ambientes eclesiásticos?

O medo de Jesus sempre existiu. É um fenômeno quase inconsciente, mas muito explicável. Jesus torna as pessoas mais livres; atrai para o amor, não para as normas; chama os seus seguidores para colaborar no projeto do Reino de Deus, não em qualquer estratégia pastoral; recorda-nos que os últimos serão os primeiros; centra os seus seguidores no essencial do Evangelho, não em práticas e devoções secundárias... Não há nada mais perigoso para uma Igreja que busca segurança, ordem e disciplina, que uma corrente forte de seguidores e seguidoras de Jesus, que recuperam seu espírito, seu fogo e sua paixão pelo Reino de Deus.

Como lida com os vetos, diretos e indiretos, à sua obra por parte de alguns hierarcas?

Pouco a pouco vou me dando conta de que foi a melhor coisa que podia me acontecer no final da minha vida. Estes conflitos estão me levando a um contato mais vital com Jesus, pois me obrigam a viver a minha fé com mais verdade e de maneira mais desnuda. Se não me apoio em Jesus, minha vida e meu trabalho não têm, nestes momentos, nenhum sentido. Além disso, não sou capaz de sentir ressentimento contra ninguém. Não é ascese. É um presente que Deus me deu através da minha mãe. Ela era assim.

Como pode a nossa Igreja recuperar a credibilidade e a confiança social, perdidas segundo todas as pesquisas?

As pessoas vão começar a crer em nós no dia em que não nos preocuparmos tanto com a nossa credibilidade. Não podemos continuar vivendo em meio aos sofrimentos, contradições e conflitos desta sociedade com “a ilusão de inocência” própria de “espectadores” que pretendem estar quase sempre acima do bem e do mal. A sociedade vai crer em nós se nos virem vulneráveis e próximos, aceitando nossos erros e ignorâncias, mas sofrendo verdadeiramente junto com os que sofrem. Na Igreja, devemos nos perguntar com quem nos preocupamos, além de nos preocuparmos conosco mesmos. Só a compaixão fará a Igreja mais humana e crível. No dia em que descobrirmos o mundo com os olhos de Jesus e tratarmos as pessoas como ele as tratava, as pessoas vão se aproximar da Igreja. Como vão crer hoje na Igreja as mulheres maltratadas se não sentem a nossa indignação e a nossa defesa?

A que se deve o medo que se sente entre os teólogos, os religiosos e as organizações eclesiais mais abertas e pró-conciliares?

Creio que nem tudo é medo. Em ambientes que eu conheço, percebo um clima complexo de confusão, pena, decepção, orfandade, cansaço... Há comunidades e grupos cristãos que se sentem marginalizados ou suplantados, em sua própria paróquia, por outros grupos e movimentos. Sentem-se perdedores. Sabem que devem sofrer, sem que ninguém ouça seu sofrimento. Recentemente pude ver as lágrimas em dois militantes da Pastoral Operária que se sentem relegados pela Igreja. Mas sei também com que fé muitos acorrem a Jesus para encontrar ânimo e força, como algumas comunidades religiosas rezam por esta Igreja que as faz sofrer... Estes “grãos de trigo”, caídos na terra... darão um dia muito fruto.

Onde estão os profetas da Igreja
Talvez, o mais preocupante seja que não se sinta sua falta. Pedimos vocações para o serviço presbiteral porque há poucos padres, mas não pedimos que surjam profetas. Não temos necessidade deles? Hoje, uma vez mais, corremos o risco de caminhar para o futuro privados do espírito profético. Mais ainda. Corremos o risco de nos organizar de maneira antiprofética, ficando cegos para discernir os sinais dos tempos e surdos para ouvir o que o Espírito de Jesus está dizendo às Igrejas. Sem profetas, é difícil que a Igreja tome consciência do seu pecado e da sua infidelidade a Jesus. Mas, talvez, necessitamos mesmo é de comunidades proféticas onde aprendamos a viver com indignação, com compaixão solidária, com gestos libertadores, com liberdade de espírito, defendendo os últimos, acolhendo incondicionalmente a todos, semeando na sociedade sinais de esperança. Este espírito profético só pode nascer de Jesus no contato com seu Evangelho.

O que sente diante da proliferação de notícias sobre as intrigas vaticanas?

Tristeza e indignação. Costumo pensar em Jesus, que, ao chegar em Jerusalém, se põe a chorar dizendo: “Se compreendesses os caminhos da paz! Mas teus olhos seguem fechados”. Não sei se no Vaticano se sente necessidade de conversão. Seus ouvidos não ouvem os constantes apelos que se fazem em nome do Evangelho. Seus olhos estão fechados: não veem os caminhos que poderiam nos levar rumo a uma Igreja mais fiel ao seu único Senhor. E, contudo, intuo que uma tentativa lúcida e responsável de conversão, promovida pelo Papa, encontraria praticamente a aprovação entusiasta de todos os bispos da Igreja universal.

Para defender aqueles que mais sofrem a crise e o desemprego, a Igreja  e sua hierarquia não teriam que fazer “um gesto forte”?

A crise será longa. Pode nos tornar mais humanos e mais solidários. Para a Igreja, para a Hierarquia e para todos nós, pode ser um tempo de graça. Seria um erro publicar cartas pastorais e exortações para depois permanecer mais ou menos como espectadores da crise. É o momento de dar passos decisivos rumo a uma Igreja samaritana. Em primeiro lugar, temos de aprender a nos relacionar de maneira mais direta com os sofrimentos gerados pela crise (famílias desenganadas, sem renda alguma, necessitados privados de atenção social, imigrantes sem futuro algum...). Em segundo lugar, devemos “cortar” em nossos orçamentos e diminuir o padrão de vida para poder compartilhar mais a nossa vida com os necessitados. Cada um saberá que “gestos fortes” pode fazer. Creio que, nos próximos anos, podemos aprender a viver de maneira mais austera e mais saudável, renunciando a muitos gastos supérfluos e encontrando caminhos simples, mas eficazes, para ajudar as pessoas que se encontram em péssimas situações.

Cuentos de viajes

El mas reciente viaje...
 
"Nuestro retorno de USA ha sido lleno de desafios a la paciencia y a las emociones de nosotros. En San Francisco esperamos 3 horas en la fila del checking para ser informados de que: 1) nuestro vuelo estaba retrazado; 2)por lo tanto no llegaríamos a tiempo para la conexión en Dallas, hacia S.Paulo; 3) no habia otro vuelo alternativo; 4) para los dos dias siguientes, los lugares ya estaban vendidos tanto de Dallas como de Miami (lo que American ofrecia); 5) la compania no ofrecia Hotel, tampoco comida, porque no sera su culpa el retrazo sino por mal tiempo; 6) deberíamos arreglarnos por nuestra cuenta hasta dos dias depues para un vuelo que nos llevaria por otra ruta alternativa, con un retrazo de 5 horas en cada aeropuerto y llegando en Brasil-Santa Maria, dos dias después del viaje iniciado...
Asi que volvimos a la parroquia (esperando otras dos o tres horas) para que nos pudieran buscar.
Finalmente salimos y bien arriba del Golfo de México (nuestra ruta) el avión estuvo danzando por buen tiempo y a nosotros nos ocurrió rezar y rezar, confiando que Romero, Luciano Mendes y practicamente toda la coorte celestial ha sido convocada para ayudarnos. Eso nos aterrorizada principalmente cuando es por la noche y uno solo ve rayos y sube y baja... Enfín nos servió para vivir toda una cuaresma de penitencia y propósitos, reduzida a 45 minutos, poco más o poco menos. Creo que uno comienza a cansarse emocionalmente con todo eso.
Finalmente S.Paulo (5 horas de espera), Porto alegre, otras 2 horas de espera y 4 horas de bus a Santa Maria...
Nos vino la tentación de hacer un juramiento de que ya no volveriamos a meternos en viajes así de largos...
Acto seguido, decidimos que basta de lamentaciones. Seguiremos en adelante. Renovando la Utopia de toda nuestra vida, un compromis sin vuelta atrás, para que, en muchas partes, se reconstruya la primera instancia eclesial
Marins

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A los que nos invitan a dar cursos,etc


Estimad@s amig@s y compañer@s en este caminar eclesial.

Como ya bien lo saben, cada viaje de mi equipo, no puede ser “point-to-point”, o sea directamente adonde Usted y después, de vuelta a nuestra base. Al contrario,  hacemos planes de en un mismo viaje, incluir trabajos en diferentes lugares.  Solo así podremos cubrir  los gastos de los boletos aéreos.
  Tan sencillo de decirlo y tan exigente organizarlo, buscando vuelos más económicos y con cierta lógica en el trayecto, evitando vueltas, así como idas y venidas inútiles. Y combinando esto con las fechas pedidas por los que nos han invitado.

   La experiencia de tantos viajes, nos ha enseñado que necesitamos:
1.     Considerar, con mucha antecedencia,  las posibilidades de fechas y lugares para cada lugar: su opción preferida y por lo menos una alternativa en cuanto a los días (época del año);
2.     Obtener prontas respuestas de quienes nos invitan, para que sean posibles los ajustes.
                 
            En lo que se refiere a las ayudas económicas:
            A)pedimos que el precio de la transportación desde Brasil, sean divididos entre los lugares que nos han invitados.
            B) Además, aceptamos la ayuda económica que libremente nos puedan ofrecer, dado que no contamos con ayuda de Instituciones. No tenemos salario.
            C) En se tratando de cursos en USA, tengan presente que no somos ciudadanos o residentes del país y por lo tanto no tenemos número de Social Security.  

Escribir a teamtrema@aol.com
    Gracias.
Marins
Teo 


La pastoral de las CEBs (Teo y Marins) mas amplo



   APORTACINES CEBS EM AMERICA LATINA Y CARIBE



Para entender el proceso de las CEBs en AL y C., podemos usar 3 palabras generadoras: Las CEBs son: un NIVEL de Iglesia- son un

NUEVO MODO de se Iglesia – son un PROCESO.



    Son un MODO DE SER Iglesia en el cual toda su esencialidad es retomada en su entendimiento, en sus estructuras, configurando-se desde prioridades fundamentadas en la revelación N.T y en las orientaciones que la Iglesia latino Americana y Caribeña expresó en sus Conferencias.

     Las CEBs actúan donde no llega de manera sistemática y habitual la presencia organizada de las parroquias. Ejercen una autonomía en comunión.

     Revelan un estilo que da prioridad a los que están menos atendidos, son menos importantes, no tienen ni cultura, menos todavía instrucción religiosa actualizada. Las CEBs les ayudan encontrar su lugar en la vida y en la comunidad de Jesús.

    Las CEBs en la periferia de la ciudad y campo son más numerosas. Es lo dominante. Pero hay también CEBs en áreas obreras, algunas en ambientes profesionales. Sigue para nosotros el gran reto de las CEBs urbanas (no solo en la periferia).

     El compromiso de las CEBs es discreto, normalmente no aparece en los boletines parroquiales, tampoco, de parte delas las autoridades eclesiásticas, hay reconocimiento público para lo que están haciendo. Sospechas si...

      La relación fe y vida es constitutivo de ella. En el comienzo del proceso muchas organizaciones sociales, económicas, culturales… como cooperativas y otros estilos,  fueron motivadas y  hasta en algunos lugares coordinadas por gente de CEBs. Hoy es más fuerte el integrarse en organizaciones no gubernamentales (que no se quedan dependientes de la coordinación directa de las CEBs). En este momento, en las CEBs se desarrolla: la consciencia del problema ecológico, del calentamiento global. Gana fuerza la consciencia y compromiso con la  ciudadanía.

Las CEBs, como tal,  no toman una opción partidista. Sus miembros, como ciudadanos son orientados a participar efectivamente (por el voto) en los procesos sociales políticos de sus países. En algunas coyunturas ,hubo la opción más generalizada por un partido.

       Mas que en cualquier otra instancia eclesial, la pastoral vivida por las CEBs es ligada a una comunidad, donde se comenta y  discierne a la luz del Señor, lo que se esta haciendo.

      No piden permiso previo para sus acciones, pues la decisión es dada según la urgencia de las personas y no según la "ortodoxia" de la institución eclesiástica, garantizada por aprobación previa.

      Tratase de una pastoral ascendiente (de la vida a los enunciados teóricos de la fe). El compromiso y la acción es clara, las explicaciones son siempre limitadas porque la gente sencilla, de ordinario, no sabe poner nombres nuevos en lo NUEVO que están haciendo.

       El gran desafío que tenemos es la integración de los jóvenes  que en los últimos  años se hacen presentes en algunos países. Nos parece que el proceso pastoral desarrollado por las CEBs les ofrece una alternativa eclesial más atractiva y al alcance de sus energías y sensibilidades (construir una casa, limpiar un pateo, llevar alguien al médico, hacer una campaña de denuncias de injusticias, enseñar leyes sociales que los menos preparados de la población necesitan saber para sobrevivir.

          La pastoral de las CEBs, abre un espacio donde hay mucho  para ser hecho y creado. No se trata de mantener instituciones o tradiciones

       El proceso  tiene intensidades y ritmos distintos, no solo en cada país, sino en cada Iglesia particular, o según áreas.

Es gente siendo y haciendo Iglesia ahí donde el pueblo se juega la vida (como expresan las CEBs en México - Ciudad Guzmán).

       Dentro de esta diversidad hay una propuesta, un RUMBO, una DIRECCIÓN QUE NOS PERMITE ARTICULACIONES  en diferentes niveles de PAIS, REGIONES, CONTINENTAL. Estas articulaciones y/o encuentros son espacios para recoger y proyectar. Ayudan a apuntar nuevos ángulos o dimensiones a ser asumidas.

        Está progresivamente más claro y asumido en su vida y acción que la meta es EL REINO, REINADO DE DIOS.

        La FORMACIÓN sea asistemática como sistemática, es prioridad que va dando a las CEBs mayor consciencia de su identidad según los momentos históricos en que viven.

        LA PALABRA DE DIOS contextualizada, da mística y autoridad desde la fe de la gente. 

        Las CEBs no son proselitistas, son testimoniales, aún sin darse cuenta de eso.

La pastoral de las CEB en 12 puntos (Marins)


1. As CEBs actuan donde no llega de manera sistemática y habitual la presencia organizada das paroquias. Ejercen una autonima en comunión.

2. Revelan un estilo que da prioridade a los que están menos atendido, son menos importante, no tienen ni cultura, menos todavía instruccion religiosa actualizada.

3. Hacen el puento de lo más nuevo de la Iglesia (visión bíblica, etc.) y la religiosidad popular del pueblo, que ha sido ayudado practicamente solo por su tradición, lo que vino de los antepasados

4. El compromiso de las CEBs és discreto, no aparece en los boletinos parroquiales, tampoco hay agradecimento público para lo que están haciendo. Sospechas si... Sin embargo ellas hacen constantemente la ligazon entre fe y vida.


5. En lo que se refiere a lo político, las CEBs, como tal, no hacen opción por un partido. Sus miembros, como ciudadanos, si lo hacen

6. Mas que en cualquier otra instancia eclesial, la pastoral vivida por las cEBs es ligada a una comunidad, donde se comentada y le discerne a la luz del Señor, lo que se esta haciendo.

7. No piden permisio previo para sus acciones, pues la decisión es dada según la urgencia de las personas y no según la "ortodoxia" de la institución eclesiástica, garantizada por aprobación previa.

8. Tratase de una pastoral ascendiente (de la vida a los enunciados teóricos de la fe). El compromiso y la acción es clara, las explicaciones son siempre limitadas porque la gente sencilla no sabe poner nombles nuevos en lo que están haciendo.

9. La formación en las CEBs es de tipo asistematica. Ellas aprenden haciendo y reflexionando sobre lo que han intentado hacer y porque lo hicieron.

10. Los jovenes entran mas facilmente en el proceso pastoral desarrollado por las CEBs, pues es algo que está al alcance de las energias y sensibilidades de las nuevas generaciones (construir una casa, limpiar un páteo, levar alguien al médico, hacer una campaña de denuncias de injusticias, enseñar leyes sociales que los menos preparados de la población necesitan saber para sobrevivir.

11. La pastoral de las CEBs, abre un espacio donde hay todo para ser hecho y no se trata de mantener instituciones o tradiciones. Todo por ser creado.

12. Las cEBs no son proselitistas, son testimonial, aún sin darse cuenta de eso.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Acho que devemos ler

Ao mestre, sem retoques. Entrevista com Leonardo Boff


Até o âncora da CNN saiu do sério no último domingo quando, quase incrédulo, abriu os braços para mostrar o tamanho do sombrero que Bento XVI afundou na cabeça ao ouvir um conjunto de mariachis na cidade mexicana de León. Era o início da primeira viagem do bávaro Joseph Ratzinger à América de língua espanhola desde que virou papa, em 2005. Observadores mais entusiasmados, ou mais fervorosos, podem ter vislumbrado ali uma latinidade que sairia do armário, com desdobramentos inesperados em Cuba, terra não dos sombreros, mas das guayaberas. Falso foguetório. Bento XVI, 85 anos incompletos, rapidamente se reconduziu à sobriedade germânica que o caracteriza. Do México saltou para a ilha caribenha, encontrou-se com os irmãos Castro, repetiu a palavra “liberdade” em diferentes momentos e arrumou outras tantas para condenar o bloqueio econômico americano. Daí pegou seu aeropapa e voltou para casa.

A reportagem e a entrevista é de Laura Greenhalgh e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 01-04-2012.


E a empatia esperada? E aquela sedução diante das massas que fez de seu antecessor, o polonês Karol Wojtyla, o João de Deus neste lado do mundo? Enfim, o que fica do primeiro ensaio de Bento XVI no terreiro da latino-americanidade? Quem reflete sobre essas e outras questões é o catarinense Leonardo Boff, 73 anos, que o papa conhece de longa data e a quem ainda se refere como “der frommer theologe”, o teólogo piedoso. “Esse tratamento tem a ver com o que ele me dizia no passado, ao aprovar meu jeito de aproximar teologia e espiritualidade. Ele leu o que escrevi, e gostava. Em compensação me condenou em outros campos”, relembra Boff, ex-aluno dileto de Joseph Ratzinger, depois confrontado irremediavelmente com o mestre quando este se tornou prefeito da poderosa Congregação para a Doutrina da Fé, ex-Santo Ofício, no pontificado de João Paulo II.

Sentar-se no banco de Galileu diante dos inquisidores da Igreja, tendo à frente o mestre que o formou e pressionado a renegar teses da Teologia da Libertação, da qual era um dos formuladores, não é experiência de vida que o tempo apague. Em 1985, o franciscano indexado como rebelde recebeu uma condenação ao silêncio obsequioso. Depois seguiu-se um leve relaxamento das sanções. Mas, em 1992, portanto há exatos 20 anos, veio o enquadramento mais forte de Roma: silêncio total, sem direito a escrever, recolhido a um convento nas Filipinas ou na Coreia. Boff então se despediu da Ordem dos Frades Menores, abandonou os votos sacerdotais e se declarou leigo.

Mas a Igreja, especialmente a dos pobres, segue dentro dele. A teologia, também. Recentemente acrescentou um título à lista de mais de 60 livros com o lançamento de Cristianismo: Mínimo do Mínimo (ed. Vozes), em que discute como as igrejas criam respostas complicadas para o mistério da fé, “que é feito de simplicidade”. Vê-se que o aluno continua na trilha oposta à do seu mestre na Universidade de Munique. Boff quer simplificar. Ratzinger, feito papa, quer recuperar a simbologia católica mais tradicional e austera. São antípodas que se referenciam mutuamente.

Nesta conversa em torno de Bento XVI, Boff traz à tona momentos em que ambos atuaram juntos, ou bem próximos, desde os anos que se seguiram ao Concílio Vaticano II (1961-62) até o derradeiro momento da ruptura. Professor emérito da Uerj, honoris causa das universidades de Turim (Itália) e Lund (Suécia) e detentor em 2001 do Right Livelihood Award, Nobel alternativo concedido em Estocolmo, hoje mora em Araras (RJ) com a mulher, a também teóloga Márcia Miranda, cercado da prole que adotou como sua. Além de falar aos movimentos sociais, mantém agenda extensa de palestras dentro e fora do País. “Vivo neste ciganismo intelectual”, brinca.


Eis a entrevista.

No sétimo ano do pontificado e na sua 23ª viagem internacional, esta é a primeira vez que Bento XVI empreende uma visita à América de língua espanhola. Sendo o continente um reduto do catolicismo, terá demorado a vir para esses lados?

A preocupação central do atual papa é recuperar visibilidade para a Igreja no continente europeu. É isso. Ele considera que o processo de secularização fez com que a Igreja perdesse importância social, tornando-se mais e mais invisível. Diante de um cristianismo agônico, como se vê em muitas partes da Europa, ele traça uma estratégia de reconquista, que não se aplica à América Latina, considerada já conquistada. Aqui ele procura reforçar o existente. Considero uma estratégia equivocada, pois implica optar pelos ricos e não pelas maiorias empobrecidas do mundo. Mas é justamente dessa estratégia que vem toda uma valorização do catolicismo tradicional, uma parafernália de símbolos religiosos recuperados, algo que a mim soa como coisa meio vaidosa. Acredito que a renovação não virá do centro, mas da periferia onde vivem 52% dos católicos. O cristianismo tornou-se uma religião do Terceiro Mundo que um dia teve origem no Primeiro Mundo. Mas isso é de difícil compreensão para o papa.

O senhor reconhece no Bento XVI de hoje o Ratzinger dos anos 80, que o condenou ao silêncio obsequioso e o levou, por fim, a abandonar a Ordem e o sacerdócio?

Há um Ratzinger anterior, com quem estudei e trabalhei nos anos 60, 70. Era um professor adorado pelos alunos, teólogo de posições avançadas, tínhamos estreita ligação. A partir de 1965, com a criação da revista Concilium, formou-se o grupo dos 25 teólogos mais influentes no mundo, grupo que se reunia uma vez ao ano em alguma cidade europeia, sempre na semana de Pentecostes, para discutir os rumos da igreja pós-Vaticano II. Ratzinger estava lá, conosco. Ficou tão entusiasmado com a minha tese de doutorado na Universidade de Munique, sobre a Igreja como sinal no mundo secularizado, que tratou de arrumar editora e financiamento de 14 mil marcos para a publicação. O que o teria feito mudar? Acho que ele chegou à Congregação para a Doutrina da Fé muito rapidamente. De simples teólogo em Munique foi a cardeal em pouco tempo e logo promovido a um posto importantíssimo no Vaticano, graças à amizade com Karol Wojtyla. Quando este virou papa, logo o chamou para a congregação. E é como eu sempre digo: Roma tem uma enzima que transforma todo mundo.

Roma mudou Ratzinger?


O papa, no meu modo de ver, vive um processo de regressão em sua capacidade de formular uma visão coerente do mundo, seja do ponto de vista da análise, seja do ponto de vista da teologia. Ele é cada vez mais conservador. É risível teologicamente ressuscitar a idéia medieval de que fora da Igreja Católica não há salvação e de que a romana é a única igreja verdadeira. Comete-se um erro teológico. Seria o mesmo que dizer: Evangelho é somente o de Marcos, o mais antigo. Os demais, de Mateus, Lucas e João, que vieram depois, têm apenas elementos evangélicos, mas não são o Evangelho. Ora, ele próprio me ensinou que, assim como os quatro Evangelhos se aceitam mutuamente, assim deveria acontecer com as igrejas. Juntas elas formam o legado de Jesus. Ele aceitou essa tese como teólogo, mas a renegou no Vaticano. E por quê? Eis uma coisa tão alemã... Ao ir para a congregação, Ratzinger o fez como um típico burocrata alemão, assumindo como algo pessoal o que era oficial. Lembro de uma passagem: logo depois de sua nomeação, escrevi uma carta para ele felicitando-o e dizendo que, enfim, a teologia iria florescer no mundo. Quinze dias depois recebi carta dele avisando que havia processos abertos contra mim na congregação e que daria andamento a eles. Pensei, puxa, vida, em 15 dias ele já terá mudado tanto?

A visita ao México e a Cuba servirá para diluir a imagem de Ratzinger como desagregador da Teologia da Libertação?

O papa carrega um fardo negativo na história da teologia cristã. Não apenas perseguiu teólogos levando-os a julgamento em Roma, como fez comigo e Gustavo Gutiérrez (teólogo e frade dominicano nascido no Peru), como proibiu que publicássemos a primeira Suma Teológica (obra doutrinária e filosófica de São Tomás de Aquino, do século XIII) na perspectiva da libertação.

Como assim?

Eu coordenava um grupo de cem teólogos da América Latina envolvidos na publicação da obra, em 53 volumes. Quando lhe expus o projeto, o então cardeal Ratzinger perguntou “e quem paga?”. Depois me disse que deveríamos publicar apenas um volume por ano, mas argumentei: “Eminência, não viveremos para ver o final do trabalho”. Por fim condicionou a autorização da publicação, o imprimatur, a uma licença especial que deveria vir de bispos espanhóis muito conservadores. Abandonamos o projeto. Tudo isso causou grande dano às comunidades que ter-se-iam enriquecido na sua compreensão da fé e também de seu compromisso político a partir da fé.

O giro latino-americano dos últimos dias também não poderá distrair a opinião mundial dos escândalos sexuais na Igreja?

Tanta perspicácia política não possuem os estrategistas do Vaticano. A concepção deles é centrada sobre a Igreja em si mesma, bastião de defesa contra o secularismo, ateísmo e materialismo do mundo moderno. Roma apoia o cristianismo da América Latina desde que mantenha sua lógica colonial, dependente do centro, e não pretenda fazer aqui um ensaio original com outras culturas, de onde saia um rosto índio-negro-latinoamericano de cristianismo. Ou seja, cristianismo, sim, desde que romano. Agora, a pedofilia atacou de fato o coração da Igreja Católica, aquele capital simbólico e espiritual do qual vivia sua legitimidade e força moral. Isso tudo deve causar uma tremenda perplexidade ao papa.

Por quê?

A concepção que eu ouvia em suas aulas era de que a Igreja deve ser o pequeno rebanho, um pedaço do mundo reconciliado, o oásis onde a salvação se realiza de forma exemplar, como representação para todos os demais. Ocorre que esse oásis e pedaço de mundo reconciliado é uma ideia platônica, realidade que nunca existiu. A Igreja está no mundo como as demais realidades, sujeita a vulnerabilidades da condição humana. Os antigos diziam e sobre isso o teólogo Ratzinger escreveu algumas belas páginas: a Igreja é uma casta meretriz. De noite ela peca como meretriz. De dia Deus a limpa, a torna casta e a faz sua esposa. Quanto à pedofilia na Igreja, a estratégia do Vaticano é desviante ao separá-la do celibato. O elo entre os dois temas é a sexualidade. Notoriamente a educação dos candidatos ao sacerdócio, e ao celibato, tem sido insuficiente, fazendo da sexualidade o mundo da tentação e do pecado. Ora, uma educação inadequada faz com que muitos deem azo a expressões perversas e criminosas da sexualidade. O normal seria a Igreja rever a lei do celibato e torná-lo facultativo, como o fizeram todas as igrejas.

Como o senhor compara o estilo João Paulo II ao de Bento XVI no contato com fiéis?

Podemos discutir a teologia conservadora de João Paulo II, mas não podemos desconhecer seu irradiante carisma, que galvanizava multidões. Num mundo sem figuras carismáticas, pois hoje a maioria dos chefes de Estado, opacos burocratas, sai das escolas de administração, a figura de João Paulo II se sobrelevava. Não possuía boa teologia, tanto que sua tese doutoral sobre a fé em São João da Cruz não foi aprovada. Mas era um grande pastor. Falava mais por gestos que por palavras. Sua aparição ao público era uma encenação. Vê-se que tinha sido na juventude ator. E foi ator a vida inteira, encenou a própria morte. Sua irradiação era tão grande que fascinou e, eu diria, até cegou Ratzinger, que, em seu entusiasmo, logo o beatificou. Já o papa atual preserva dentro de si o mestre, que de fato foi, de uma rigorosa universidade alemã. Não possui carisma por isso não projeta aura benfazeja, mas severa, contida. O professor com quem privei sempre foi uma pessoa gentil, fina, mas extremamente tímida. Sim, Bento XVI é um homem muito tímido. Posso imaginar como deve sofrer longe de seus livros e da leitura de Santo Agostinho, do qual é eminente especialista, tendo que fazer saudações e dar manifestações públicas de carinho, algo inimaginável na sua atividade de Herr Professor.

João Paulo II e Fidel desenvolveram, guardadas as distâncias, um contato sincero aparentemente. E tem-se que a Igreja católica em Cuba recuperou terreno social e até presença política. Isso poderá ser ‘reeditado’ com Bento XVI e Raúl Castro?

Quem seguiu de perto o encontro de Fidel Castro com João Paulo II teve a clara percepção de que eles se afinavam profundamente. Pudera, tinham as mesmas características de base: o exercício autoritário do poder. E ambos eram figuras carismáticas. Com o papa atual é diferente. Eu diria que nessa semana vimos o encontro de dois chefes de Estado, cada qual com sua identidade, sem nenhum gesto que rompesse o plano burocrático. Como de praxe o papa tem que falar dos direitos humanos, já que a Igreja levanta a pretensão de ser especialista em humanidade, mas quem a conhece por dentro percebe a falácia da presunção.

Cuba e o contato com a gente simples de lá podem mudar concepções em Bento XVI?

O encontro é sempre criativo, muda a cabeça das pessoas. Seria preciso ser inimigo da própria humanidade e não se comover diante dos humildes que acenam e estendem a mão para uma figura que representa algo de sagrado, de uma realidade que ultrapassa a nossa. Para João Paulo II as viagens significavam grande aprendizado. Para Bento XVI deve também haver um quociente de aprendizado, mas como é intelectual de grandes conhecimentos teóricos, num nível realmente alto, penso que o aprendizado servirá para confirmar as próprias convicções. Mas talvez eu esteja subestimando a força intrínseca que todo encontro possui... Isso já é filosofia, não é análise.

Mas ele desembarcou no México, primeira etapa desta viagem, anunciando-se como ‘peregrino da fé, da esperança e do amor’.

Que outra mensagem poderia dizer? Ele não é um político, porém maneja símbolos poderosos, que alcançam fundo a alma das pessoas. Todos anseiam por amor, fé, esperança. Não será um Berlusconi ou um Sarkozy que farão semelhantes discursos. Então o papa está em seu papel.

Na coletiva para 70 jornalistas no voo Roma-León, rumo à primeira escala mexicana, o papa disse textualmente: ‘Hoje é evidente que a ideologia marxista, como foi concebida, já não responde à realidade’. Mas a frase chegou a ser publicada como ‘o papa disse que comunismo em Cuba não funciona’...

Como a maioria dos alemães, ele é profundamente anticomunista. E não diferencia os tipos de marxismo como fez inteligentemente João XXIII na Mater et Magistra, ele que era bem menos culto que Ratzinger. Se Bento XVI tivesse se restringido ao marxismo como teoria social, como conjunto de ferramentas para entender uma sociedade e analisar a lógica perversa do capital, talvez falasse o contrário. Hoje, dizem-no livreiros da Europa e dos Estados Unidos, Marx é um dos autores mais lidos e estudados por financistas que foram à falência e procuram entender por quê.

Fidel, no breve encontro com Bento XVI em Havana, ousou perguntar ‘o que faz um papa’. O que o senhor acha da indagação?

Se eu fosse o papa responderia com toda a simplicidade: “Não faço nada. Fazem tudo por mim”. Porque o que ele tem que fazer, e essa é sua única missão, é viajar pelo mundo para fortificar os irmãos na fé, mantendo a unidade de uma instituição que hoje tem o tamanho de uma China inteira. No mais, fazem tudo por ele. Uma vez alguém perguntou a João XXIII quantas pessoas trabalhavam na Cúria Romana. E ele disse: “A metade” (risos). É assim mesmo, metade trabalha, metade vagabundeia.

A secularização, como já se disse aqui, está no topo das preocupações do Vaticano. E o papa prega que é possível redescobrir Deus como orientação fundamental de vida no contexto da racionalidade moderna. O senhor está de acordo com ele?

Estimo que o papa possua um conceito reducionista de secularização. Na verdade é um conceito nascido no interior da teologia protestante do século XIX e começo do século XX para afirmar a legítima autonomia do saeculum, quer dizer, do mundo, da criação. Na secularização, Deus não é pronunciado, o que não significa que esteja ausente. Ele está presente sob o nome de justiça, amor, retidão, boa consciência, solidariedade e compaixão. Ilusão dos cristãos pensarem que Deus esteja presente somente onde seu nome é pronunciado, pois muitos se dão por piedosos e comportam-se como malfeitores. Nosso mundo político está cheio deles. Já o “secularismo” é a patologia da secularização ao afirmar que só existe este mundo e qualquer aceno a algo que o transcenda é ilusão ou alienação. Creio que o papa deveria ter feito a distinção para não condenar aquilo que é são.

Ele quer uma Igreja menor, mais disciplinada e homogênea. No ano passado, se não me engano, visitou sua Baviera natal, pregando ‘uma outra Alemanha’, não a Berlim secular, administrada por um prefeito gay...

Quem conhece a Baviera entende suas palavras. Vivi lá cinco anos ininterruptos e pude conversar muito com Ratzinger sobre o tipo de catolicismo que se originou na região. Para o professor aquilo significa uma das mais perfeitas e completas encarnações da fé cristã numa cultura rústica, camponesa, de virtudes ligadas ao trabalho, à piedade familiar, às festas de Igreja e à impregnação de elementos religiosos em todas as casas. Ele me disse várias vezes que “o caminho romano passa pela Baviera”. Só que se trata de um cristianismo que não se confrontou com a modernidade!

Depois de deixar a ordem e o sacerdócio, o senhor esteve com seu ex-professor?

Não, não. Numa famosa conferência que fez em Florença, sobre o Vaticano II, ainda cardeal, Ratzinger me citou em público. Curioso, ele se refere a mim como “der frommer theologe” (o teólogo piedoso), aprovando a maneira como eu aproximo espiritualidade e teologia, mas me criticando duramente em outros textos... Pois bem, depois da conferência houve uma entrevista e um jornalista indagou por que, afinal, fizera a citação de alguém que havia condenado. E ele respondeu algo assim: “Boff é um homem inteligente, bom teólogo, espero que um dia volte e acolha o magistério da Igreja”. Continuará esperando.

domingo, 1 de abril de 2012

Palm Sunday, April, 1st 2012 (Marins)

Palm Sunday, April, 1st 2012


Today we enter the Holy Week facing a different perspective. Let us concentrate our reflections not into the sins of the world and its horrible consequences for Jesus and for us... but let us meet God's Mercifulness, meeting the One who loves us as no one ever did before. God is our Abba taking always, our side. Not because we deserve Him, but because God is good.

In this day we are invited to look at Jesus mission not as an event in a far region and in an old past, but into our present time: here and now, in USA in Oakland.

We are celebrating Jesus entering Jerusalem. He has decided to celebrate Easter... the liberation from slavery in Egypt...But in fact he was initiating a new Easter, as a liberation of the slavery of our time: fear, insecurity, violence, drugs, war...

Jesus sent the Apostles before him to prepare the commemorations of the old Easter while. Sent them to Jerusalem, and send us to our world where to be leaven, ferment, salt and light of God... and to transform everything in a new creation, the Reign.