quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Na última espera


Diante da morte de um ser querido.
Para quem está no tempo histórico da espera para a maior surpresa que um ser humano pode experimentar.

1. Tomas Morus, ao subir ao patíbulo comentou: - “Hoje vou eu... amanha nos veremos todos. Nem precisamos nos despedir, basta um ‘Até logo”.
2. A morte é só uma paradinha antes do reencontro... o intervalo para sentir profundamente saudades e preparar-se para indescritível alegria bem ali na frente.
3. O que já existe e nunca vai se extinguir, é o amor. Daqui para lá, vai haver só uma mudança de intensidade, não de conteúdo fundamental.
4. Al final das contas, com a morte, não haverá ruptura definitiva, mas como um apagar de velas, para uma inundação de luzes incríveis. Os personagens já estão todos aqui pertinho de nós. Num instante vamos vê-los.
5. A dor profunda, que continua a nos corroer, é por motivo de um reajuste inevitável em razão de uma alteração profunda, em fase acidental, transitória e limitada, até chegar o que será definitivamente pleno.
6. Então a morte não é “perda” mas compasso de espera, antecipação.
7. As limitações prévias, não reduzem nem a alegria, nem a comunhão que vai ser definitiva, e de uma maneira que agora, somos impotentes de entender, menos ainda de usufruir. Falta um “dia” certo para acontecer. O coração já está em festa ante a feliz expectativa                                                                    P.Marins (Novembro 2011)

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