segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Paroquia e Missão (Portugues)


I - COMO É O DEUS DA NOSSA FÉ?                                                                                               – Todas as religiões (Grécia, Roma, Ásia, África, Incas, Astecas, Tupis) projetam nos deuses seus próprios medos, vícios e virtudes. O Deus que se revela na criação, nos profetas, há história de Israel e, plenamente, em Jesus é muito diferente. Estabelece conosco uma relação pessoal de comunhão, confia a nós seus projeto, como presente e responsabilidade.
1 Cor 3,21-23; 1 Cor 15,28 ; Lc 4,14-22.
 - A divindade não é para nós uma instância para solução de problemas e controle dos comportamentos das pessoas (proibições e ameaças), a quem prestaremos contas já nesta vida e muito mais depois (e eternamente)!
       - A proposta de Deus em Jesus, pelo Espírito e a do Reinado (Família) de Deus que reúne a Trindade, a Igreja, toda a humanidade, a ecologia, o universo, o tempo e a eternidade.
              A EQUIPE DIVINA: No primeiro tempo: Produtor: o Pai; Ator principal: Jesus, Diretor: E.S. No segundo tempo: O Pai continua como produtor; Diretor agora é o Ressuscitado; e o ator principal o Espírito e a comunidade.

II.      A COMUNIDADE  IGREJA
Diocese, Paróquia, Igreja de Base, existem como comunidades missionarias e missão comunitária.
Em segunda instância (em função da sua responsabilidade primeira) atendem às tradições devocionais-sacramentais; educam para uma ética matrimonial, comercial, política, etc.

A MISSAO É MAIS DO QUE PREPARAR OS CAMINHOS (MT 3,3)
o   Não se reduz a afervorar os católicos (devoções, prática dos sacramentos). Não foram convocados para adorar a Jesus, mas para segui-lo.
o   Não se tata apenas de ensinar dogmas (doutrinas),ou de ir às pessoas “com” a Bíblia, mas sim “como” na Bíblia.
Nem de trazer de volta aos católicos que se afastaram ou optaram por outros grupos religiosos
o   O objetivo não é o encher o edifício sagrado (capelas, igrejas), mas transformar o mundo em Reinado de Deus. A meta são os confins da terra, não os da sacristia.
o   O kerigma missionário é sempre um processo que se desencadeia com um anúncio “originante” (nem sempre falado, nunca imposto, precedido por um testemunho de vida). Conversões instantâneas aparecem mais nas narrações piedosas míticas, do que na realidade da vida.
III.    O COMO DA MISSÃO
1.  A missão é um modo de ser, não se trata de um programa a cumprir, NÃO É uma entre as demais responsabilidades da Igreja local
2.  Não está ligada a uma pessoa individual, mas é o acontecer de uma comunidade (Um bom time de futebol só vence quando os jogadores se entrosam como equipe)
Ninguém é missionário em nome de um movimento o pastoral o congregação religiosa, mas em nome da Igreja como tal. As equipes missionarias, são enviadas pela Igreja local e a ela ligam os convertidos.
3.  O missionário é alguém que dá um testemunho, não um professor que desenvolve uma lição (At 1,1). Não se trata de perfeição, mas de manter a fidelidade à meta, aos métodos (são conteúdo)
4.  A comunidade Igreja é fermento. Não tem que ser maioria numérica. O que importa é sua qualidade e não quantidade de membros.
5.   Não se coloca paralela à vida, mas dentro dela, bem misturada. (Fermento fora da massa, ou fechado num saquinho de plástico, não transforma nada). Alguém tem que sujar-se as mãos, para misturar o fermento e a massa (amassar).Não se trata de transformar a massa em fermento, mas juntos ser pão.
6.  A fermentação acontece sem ajuda de fora (Não é teleguiada). Toma tempo e acontece em silêncio.
- A meta é o pão. Precisa do forno, quentura, fogo lento. Querer apressar, aumentando a intensidade do fogo, economiza tempo, mas deixa o pão queimado por fora e cru por dentro.
7.   Os missionários trabalham em equipe com o Espírito. Cuidam para não desmoralizar (confundir) o trabalho que o Espírito já está realizando. Não existe ação missionaria que comece de zero. Os padres da Igreja falam de Sementes do Verbo e de Preparação Evangélica. Para captar o código do Espírito, o missionário necessita descodificar-se (desapegar-se do próprio esquema).

IV.      AS ESTRUTURAS DA COMUNIDAD MISIONARIA (A IGREJA DA CASA, OS SETORES)
 + A Igreja Paroquial vai transformar-se em comunidade de comunidades e progressivamente criar setores paroquiais onde surgirão as Igrejas da casa, que não se reduzem à mera família anfitriã. Elas necessitam de um núcleo dinâmico, formado por 5 a 10 pessoas, que são como a articulação e animação da comunidade eclesial que se está ajudando a nascer.

V.        OS PILARES OU FORÇAS DA COMUNIDADE MISSIONARIA
1ª) Mística da comunhão – um só coração. Não uniformidade mas agape (Os gregos distinguiam: porno, eros, filia, ágape)
2ª) Experiência do Deus vivo e expressão litúrgica (mistério pascoal em sinais, mediações e primicia do Reino)
3º) Critério da Palavra de Deus lida no seu contexto, pré-texto e não apenas texto (Fundamentalismo).
4º) Dedicação aos que sofrem (sem paternalismos), para que sejam sujeito e não objetos da missão.
+ Uma metodologia de: ver, julgar, agir, avaliar, celebrar permanentemente e como comunidade. Para colocar as realidade contemporâneas (família, cultural, economia, politica, recreação, informática, religião...) na perspectiva do Reino, no modo de ser de Jesus
                     # Tristão de Atayde e o amigo ateu Prof. Antonio Houaiss.                                 Garaudy e D. Helder Câmara.

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