10 PONTOS SOBRE AS CEBs.
1. A semente é uma árvore em síntese e promessa. Se a semente de larfanja laranja, não vai produzir mangas. Tudo que sera, já está presente, mesmo que ainda não se desenvolveu completamente. Um embrião é uma pessoa humana em potencia. Já leva no seu ser, tudo o que mais tarde vai ser. A passagem dos anos não muda a sua identidade fundamental: não será uma águia ou leão, mas pessoa humana (Não estamos falando do sentido metafórico). Assim, a CEB já é a Igreja, na sua menor expressão. Ela se define pelo que a Constituição Lumen Gentium diz no seu n.1: é Sacramento de Cristo, como Cristo é sacramento de Deus. E o documento de Medellín: “A CEB é a célula fundamental de estruturação eclesial” (Med 15,10).
2. Pelo negativo, talvez se possa entender melhor. A CEB não é um método, uma ONG, um programa, um movimento, mera comunidade de amigos/as, um grupo de oração, uma célula social de militância política. Poderá apresentar qualquer dessas características, mas não é o seu constitutivo fundamental. Não basta ser comunidade pequena para ser CEB. Tem que ser o primeiro nível da Igreja como tal e não uma área de ação eclesial como seria a catequese, a liturgia, a ação social, etc. A CEB não é uma pastoral da Igreja, nem se reduz a uma das ações pastorais.
3. A base bíblica das CEBs é a mesma da Igreja. Com o específico que elas retomam o modelo eclesial das primeiras comunidades do Novo Testamento (Atos 2,42 e 4,36), com um mínimo de estruturas e máximo de vida. São essencialmente missionarias e se configuram primeiro como Igreja doméstica, formando com as demais CEBs, uma rede de comunidades dentro da Igreja local. Necessitam de um mínimo de autonomia para anunciar a fe em cada realidade e para configurar a uma, santa, católica e apostólica Igreja do Senhor, em diferentes situações culturais e históricas (LG 26)
4. Os elementos essenciais de uma CEBs são, a realidade comunitária, na linha da “koinonia”, quer dizer, no modelo da Trindade: por Jesus, no Espírito, anunciando e vivendo o Reinado de Deus; a fidelidade à Palavra (Sensus Fidelium LG 12, a “totalidade dos fieis não pode equivocar-se”); o culto, o serviço aos mais necessitados, a missão.
5. A participação vital das CEBs se faz pelo sacramento do batismo. Por isso mesmo é uma realidade que transforma completamente a vida de uma pessoa, em membro do Cristo Ressuscitado, Trata-se de uma realidade para sempre. Essa adesão configura cada membro, no Corpo de Cristo, com a responsabilidade de continuar em comunidade, sua missão.
6. O Método usado pelas CEBs é o que foi lançado pela ação católica e completado pela experiência pastoral latino americana: ver, julgar, agir, avaliar, celebrar constantemente e como comunidade.
7. As CEBs, como Igreja são coordenadas pelos ministros ordenados da Igreja Particular, diretamente ou por “missões canônicas” dadas a ministros extraordinários que exerçam essa tarefa de assessorar as comunidades e expressem visivelmente a comunhão católica com os apóstolos e seus sucessores. Os ministros ordenados não são capelães ou meros assessores das CEBs, mas têm a responsabilidade de presidi-las em nome de Cristo, na mesma linha que presidem uma paróquia, em comunhão com o Bispo.
8. Uma CEB não é somente uma Pequena Comunidade Eclesial, nem um grupo pastoral dependendo da livre escolha de cada membro da Igreja. Ao contrario, só é possível ser membro da Igreja, participando vitalmente de uma comunidade visível-missionaria na qual acontece a sacramentalidade do único mediador, Jesus. Na prática, são os movimentos eclesiais como Cursillo, Renovação, Foccolare que formam Pequenas comunidades Eclesiais...A CEB mais do que experiência grupal em pequeno grupo, é de uma expressão da Igreja Sacramento e não um mero carisma na Igreja.
9. As CEBs são diferente da estrutura paroquial, porque expressam outro modelo eclesial (mantendo essencialmente a mesma fé eclesial). São comunidades missionarias, em diáspora, participativas... Já não são um modelo de “cristiandad”, patriarcal, centralizador, clerical...
10.O magistério eclesial, tanto pontifício como episcopal, dedicou muitos documentos para afirmar a importância e oportunidades das CEBs. Concilio LG 1 – Igreja Sacramento: primícia, sinal, acontecimento. LG 26, nela acontece a uma, santa católica, apostólica comunidade de Jesus.
Documentos Papais: Dei Verbum 58; Redemptoris Missio 51; Christifideles laici, 26; Cateqluesi Tradendae, 47; Familiaris Consortio, 85; Ecclesia in Asia, 132; in Africa, 89; in America, 73.
As Assembleias Gerais do Episcopado Latino Americano: Medellin 15,10, Puebla, Santo Domingo, Aparecida se manifestam positivamente sobre as mesmas. “As CEBs não são só o futuro da Igreja. Sem elas a Igreja não terá futuro em muitos lugares” (Episcopado Filipinas).
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