10 PONTOS SOBRE CEBs e o sócio-político-civil
1. Os seguidores de Jesus, desde que conheceram seu evangelho sabem que o julgamento da historia e de cada um, foi antecipadamente descrito com cores fortes, no evangelho de Mateus 25,36ss – “Eu estava faminto, desnudo...” . Então, a partir disso, ninguém pode ficar indiferente diante do sofrimento de outro ser humano.
2. A dedicação aos necessitados não está condicionada previamente às condições morais dos mesmos. São prioritários, não porque o mereçam, mas porque o amor de Deus e dos que com Deus estão, é gratuito.
3. A dor, a tortura, a morte não são realidades ou instrumentos dos quais um ser humano possa se servir para glorificar a Deus.
4. A comunidade de Jesus, em razão da sua fé e batismo, nunca é indiferente diante dos humilhados, oprimidos, ameaçados, perseguidos, segregados... Esse compromisso muitas vezes começa pelo que é meramente assistência, passando pelo promocional e chegando ao estrutural. Deve enfrentar o monstro de sete cabeças: efeito, causa, estrutura, mediadores, atrações, sistema, ideologia.
5. A presença do mal não é ação de um espírito superior aos humanos, que Deus deixa agir livremente, que tem poderes superiores aos nossos, que é numeroso e está em toda parte, é indestrutível e eterno. O mal é responsabilidade das pessoas. Pode e deve ser superado. Não esta só dentro de cada um, na sua mente, sentimentos, palavras e ações... É também um acontecimento social, comunitário, estrutural. Como existe uma estrutura de graça, ha também o pecado estrutural.
6. Reduzir a fé cristã ao devocional-sacramental é negar a proposta do Reinado de Deus, que não é um premio para depois, mas uma responsabilidade para agora. Tem-se um encontro com o Filho de Deus, cada vez que se passa por perto de uma pessoa que precisa da gente.
7. Nem Deus, nem a Igreja podem querer que alguém seja infeliz agora para poder premiá-lo depois da morte. A fé e a vida estão ligadas e se condicionam reciprocamente já agora.
8. Os seguidores de Jesus, como indivíduos e como comunidade têm a responsabilidade de analisar os sinais dos tempos, iluminando-os com a perspectiva suprema de Deus e comprometendo todas suas energias para sanar a presença destruidora do que se chama pecado e suas consequências.
9. Houve um período em que o compromisso social se reduzia ao econômico e político. Sem descuidar dessas áreas, hoje a preocupação das comunidades eclesiais concentra-se também na área da ecologia, da cidadania e da conscientização, entendida e assumida na perspectiva de Paulo Freire.
10. Não é só inteligência estratégica, mas responsabilidade evangélica identificar aliados do Reino de Deus, mesmo quando as expressões externas deles sejam divergentes da fé cristã e as orações do grupo utilizem nomes ou símbolos oriundos de uma religião determinada. Nem se pode renegar a bandeira certa, só porque está em mãos equivocadas.
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