domingo, 21 de outubro de 2012

21 de Outubro, homilia Cat.Botucatu

Domingo das Missões:
+ A missão é para anunciar e comunicar o Reino de Deus.
Tínham nos ensina que a Missão era para ir aos pagãos e traze-los para a Igreja... A missão é muito mais do que isso. É a propósito do Reino: transformar o mundo, buscar a unidade do gênero humano, a comunhão com Deus e com os seus filhos e filhas, a responsabilidade pela criação. É conhecer a Igreja como sinal e começo do que Deus quer para todos. É encontrar na vida e missão de Jesus (sua morte e ressurreição), a presença viva do Pai, pelo Espírito.
Nesta perspectiva, refletios sobre o texto de Marcos que a liturgia hoje nos brinda.

Vamos a Jerusalém:

O Evangelho de hoje nos proporciona aproximar-nos de Jesus e vê-lo  a caminho da capital, preocupado com o sucesso ou fracasso dessa tentativa final de propor o Reino de Deus, ao centro do poder religioso do seu povo.

Jesus havia começado na base, de pessoa a pessoa, de povoado em povoado, dentro do seu pais e para além das fronteiras: Sidon, Síria, Fenícia, Decápolis... Seguiu uma estratégia ascendente da periferia ao centro. E agora, ia finalmente enfrentar os principais líderes religiosos do pais, lá na Capital e no Templo (Não mais os seus emissários).

A tensão não era pequena: Poderia ser que se  abriria uma brecha na compacta muralha de um sistema religioso corrupto, opressor do povo e abusador do nome de Deus... Mas também, e talvez seria o mais provável, encontraria rechaço, revanche vingativa e violência. Uma execução sumária, não seria impossível.

Jesus caminhava debaixo dessa crucial pressão. E seus companheiros se encarregaram de decepciona-lo aumentando o seu sofrimento. Aqueles em quem havia colocado suas esperanças,  revelaram estar exatamente noutra posição: dois deles se adiantaram para assegurar-se dois ministérios claves no futuro Reino. E os outros dez, captando a manobra política dos irmãos Zebedeu (João e Tiago) se queimaram e o projeto de Jesus parecia esboroar-se antes mesmo de chegarem a Jerusalém.

Os que se esperaria que estiveram mais próximos, se revelavam os mais distantes das propostas centrais do Mestre. Queriam valer-se do prestigio de Jesus para seus próprios interesses políticos e porque não, também econômicos!

       Também conosco algo semelhante acontece: os que estão perto, na verdade estão longe. Podem estar ao nosso lado, mas não estão conosco. Não entendem nossos planos e prioridades                                                . A comunidade eclesial aprende então, importantes lições a caminho de Jerusalém.

1.  Estar dentro da Igreja, mas fora do sonho de Jesus.

2.  Assumir a terra esgotando seus recursos

3.  Pensar que suprime a violência usando meios violentos  

4.  Castigar os efeitos, sem eliminar suas causas (Veja-se o desastre dos pedófilos)

5.  Alimentar simpatia pelos “heróis” do futebol, do cinema, da música e da passarela, sem questionar radicalmente a imoralidade dos seus salários e do sistema de propaganda que os utiliza

6.  Manter paternalismos que tornam as pessoas incapazes  de assumir responsabilidades

7.  Conviver ingenuamente numa sociedade com abundancia de ofertas e escassez de metas.

       - Como está Deus diante disso. Ele nunca fará por nos o que podemos fazer. Mas dará a ajuda que necessitamos, se não as recebemos irresponsavelmente: A epístola aos hebreus disse que Deus “Não fica

indiferente ante nossas debilidades, porque já esteve nas mesmas provações que enfrentamos. Por isso, vamos com confiança a Deus, que nos espera ... com sua graça e nos dará a ajuda que necessitamos” (Heb 4,15-16)

Nenhum comentário:

Postar um comentário