+ A missão é para anunciar e comunicar o Reino de Deus.
Tínham nos ensina que a Missão era para ir aos pagãos e traze-los para a Igreja... A missão é muito mais do que isso. É a propósito do Reino: transformar o mundo, buscar a unidade do gênero humano, a comunhão com Deus e com os seus filhos e filhas, a responsabilidade pela criação. É conhecer a Igreja como sinal e começo do que Deus quer para todos. É encontrar na vida e missão de Jesus (sua morte e ressurreição), a presença viva do Pai, pelo Espírito.
Nesta perspectiva, refletios sobre o texto de Marcos que a liturgia hoje nos brinda.
Vamos a
Jerusalém:
O Evangelho
de hoje nos proporciona aproximar-nos de Jesus e vê-lo a caminho da capital, preocupado com o
sucesso ou fracasso dessa tentativa final de propor o Reino de Deus, ao centro
do poder religioso do seu povo.
Jesus havia
começado na base, de pessoa a pessoa, de povoado em povoado, dentro do seu pais
e para além das fronteiras: Sidon, Síria, Fenícia, Decápolis... Seguiu uma
estratégia ascendente da periferia ao centro. E agora, ia finalmente enfrentar
os principais líderes religiosos do pais, lá na Capital e no Templo (Não mais
os seus emissários).
A tensão
não era pequena: Poderia ser que se
abriria uma brecha na compacta muralha de um sistema religioso corrupto,
opressor do povo e abusador do nome de Deus... Mas também, e talvez seria o
mais provável, encontraria rechaço, revanche vingativa e violência. Uma
execução sumária, não seria impossível.
Jesus
caminhava debaixo dessa crucial pressão. E seus companheiros se encarregaram de
decepciona-lo aumentando o seu sofrimento. Aqueles em quem havia colocado suas
esperanças, revelaram estar exatamente
noutra posição: dois deles se adiantaram para assegurar-se dois ministérios
claves no futuro Reino. E os outros dez, captando a manobra política dos irmãos
Zebedeu (João e Tiago) se queimaram e o projeto de Jesus parecia esboroar-se
antes mesmo de chegarem a Jerusalém.
Os que se
esperaria que estiveram mais próximos, se revelavam os mais distantes das
propostas centrais do Mestre. Queriam valer-se do prestigio de Jesus para seus
próprios interesses políticos e porque não, também econômicos!
Também conosco algo semelhante acontece: os
que estão perto, na verdade estão longe. Podem estar ao nosso lado, mas não
estão conosco. Não entendem nossos planos e prioridades
. A comunidade eclesial aprende então, importantes lições a caminho de
Jerusalém.
1. Estar dentro da Igreja, mas fora do
sonho de Jesus.
2. Assumir a terra esgotando seus
recursos
3. Pensar que suprime a violência usando
meios violentos
4. Castigar os efeitos, sem eliminar
suas causas (Veja-se o desastre dos pedófilos)
5. Alimentar simpatia pelos “heróis” do
futebol, do cinema, da música e da passarela, sem questionar radicalmente a
imoralidade dos seus salários e do sistema de propaganda que os utiliza
6. Manter paternalismos que tornam as
pessoas incapazes de assumir
responsabilidades
7. Conviver ingenuamente numa sociedade
com abundancia de ofertas e escassez de metas.
- Como está Deus diante disso. Ele nunca
fará por nos o que podemos fazer. Mas dará a ajuda que necessitamos, se não as recebemos
irresponsavelmente: A epístola aos hebreus disse que Deus “Não fica
indiferente ante
nossas debilidades, porque já esteve nas mesmas provações que enfrentamos. Por
isso, vamos com confiança a Deus, que nos espera ... com sua graça e nos dará a
ajuda que necessitamos” (Heb 4,15-16)
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