domingo, 21 de outubro de 2012

HOMILIA AO CLERO DE BOTUCATU


HOMILIA FINAL ENCONTRO CLERO DOCUTUCATU, 18 OUTUBRO 2012

Contexto: Jesus tomo o caminho a Jerusalém. Uma questão decisiva. Depois de haver desenvolvido seu ministério nas periferias, agora vai enfrentar o centro do sistema religioso, social do mundo judeu.

Texto: O texto de Lucas 12,1-7,está inspirado no de Marcos 3,13-15.

Jesus havia configurado a referencia do novo Povo de Deus, a referência das 12 tribos, por isso escolhe a 12 apóstolos. No texto de Lucas amplia o número de discípulos para 72, mas agindo em equipe de 2, o que é certamente uma novidade na tradição de profetas, que podiam levar um companheiro como Elias e Eliseu, mas se mantinha o agente principal e às vezes único.

  Jesus chama: 1) Para estar com ele; 2) Anunciar e ser boa Noticia, (até os confins da terra, vai sublinhar Mateus 24,16-20); livrar-se do mal, arrancando sus raízes (possessões, enfermidades).

  Nas circunstâncias em que nos encontramos nesta Eucaristia, concluindo um curso intensivo para o clero da Arquidiocese de Botucatu, na perspectiva do Vaticano II, vamos concentrar-nos na erradicação dos males que podem estar presentes, pelo menos como tentação:

a)   Narcisismo de pessoas, grupos, movimentos, paroquias e regiões pastorais... Não se aprendeu a trabalhar como equipe e portanto não se transmite essa característica da pastoral que procuramos desenvolver. É o que acontece em diferentes níveis. No futebol é comum escutar: - O Brasil tem os melhores jogadores do mundo, mas  perdem os campeonatos porque estão preocupados com exibicionismos individuais!

b)  Carreirismo eclesiástico que não só nos divide, mas pode também corresponder nossas agendas e intenções eclesiais. Títulos e a meta de “subir” no esquema da estrutura eclesiástica têm revelado, séculos a fora, a sua venenosa ambiguidade.

c)   Os projetos de lançar cantores como modelos “genéricos” de Roberto Carlos...

d)   Descuidar-se da absoluta limpidez no manejo dos bens eclesiásticos, abrindo caminho para sementes de futuros “mensalões”,

e)   Transformação da vocação de pastores do povo de Deus, em sargentos de milícia

 

f)   Atração pelo brilho de cargos, roupas, que podem revelar situações de bipolaridade e de “bisexualidade”...

 

Os companheiros escolhidos por Jesus, são convocados para uma missão de ser sinal e primícia do Reino de Deus. Isso exige um quadro de referencia teológico, pastoral... uma espiritualidade cristológica na docilidade ao Espírito. Supõe trabalhar com prioridades, para não desviar-se das metas fundamentais, pela tentação de ocupar-se em muitas tarefas sem discerni-las em relação aos objetivos fundamentais.

O texto da 2Tim 4,10-17 que tivemos como primeira leitura nos deixa certamente a grande insistência: Os apóstolos devem ser amigos entre eles. Com uma amizade no estilo de Jesus que se refere à meta e à coerência dos meios. Assim terminaremos considerando a lista dos amigos que Paulo coloca no final do texto ao companheiro Timóteo: DEMAS, CRECENTE, TITO, MARCOS, ERASTO, TÍQUICO, TRÓFIMO, CARPOS, CLAUDIO, LINO, ÊMBULO, PUDENTE.

  

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