A RESPONSABILIDADE PROFÉTICA E O COMPROMISO COM A JUSTIÇA, E A OPÇÃO PELOS MAIS NECESSITADOS,
DEIXAM CLARO QUE:
a..Está em pecado quem é indiferente diante da exploração dos pobres e do desrespeito à dignidade do outro (DAp 402,207
b. A opção pelos pobres exige uma crítica profética (estrutural), senão seria um estratagema para perpetuar a pobreza. (Paulo Suess, O Concilio Vaticano II, Julio 2011, pag 12-15)
c. Os sistemas marxista e capitalista falsificam o conceito da realidade amputando a realidade fundante (decisiva) que é Deus. (Idem)
A sociedade de consumo coloca a religião e até Deus em tudo que pode ajudar os negócios.
d. A reconciliação das classes sociais sem conversão, não constrói a paz. Os seguidores de Jesus, não somos juízes entre as partes, senão partidários; portanto advogados da justiça dos pobres (DAp 395)
e. Os pobres também podem ser infetados pelo vírus da alienação:
- por exigências do mercado.
- por acumulação do capital.
- por aceleração da produção de objetos descartáveis e supérfluos, pelos meios de
Comunicação.
- por aceitar políticas que oferecem compensações, ou medidas paliativas que escondem estruturas e causas do sistema perverso de exploração.
@ E DAÍ ?
A sociedade consumista é altamente individualista e irresponsável. A religiosidade neo-pentecostal se envereda, muitas vezes, por esse caminho. O poeta russo Maiakovski, conta-nos uma parábola, descrita em primeira pessoa:
- “Na primeira noite, se aproximaram e cortaram uma flor do nosso jardim.
Nada dissemos
Na segunda noite, não se esconderam, vieram e pisaram as flores, mataram o nosso cachorro.
Nada dissemos
Até que um dia, entraram na nossa casa, conhecendo o nosso medo, nos arrancaram a voz da garganta.
Como nada havíamos dito antes, já não pudemos dizer nada mais.
Então:
Primeiro levaram os negros.
Não me preocupei com isso. Não sou negro.
A seguir levaram alguns operários.
Não me preocupei. Também não sou operário.
Depois fizeram prisioneiros aos miseráveis.
Não me preocupei, porque não era miserável.
Em seguida agarraram uns desempregados,
Como tenho meu trabalho, não me preocupei.
Agora me levam a mim...
Mas já é tarde.
Como por ninguém me preocupei, também ninguém se importou comigo.
(O escritor Maiakovski, poeta russo, “suicidado” depois da revolução de Lenin)
+ QUE IGREJA AMAMOS?
-Poucas catedrais com cânticos e ouro, muitas capelas de barro e taboa.
-Poucos ricos acostumados à indiferença, muitos pobres especialistas em paixão compartilhada.
- Poucos letrados calculadores e prudentes, muitos simples que entendem de fé e esperança.
-Poucos doutores, muito seguros da sua doutrina, muitos testemunhos que escutam de verdade.
- Pouco poder de fariseus e sacerdotes de carreira, muito serviço humilde aos irmãos menores.
-Poucos projetos de dólares e marcos, muito em mutirão com suor e
cânticos
- Poucas cerimonias em palácios e quarteis, muitas festas em aldeias e bairros marginais
- Poucas bênçãos de armas, bancos e governos, muitas marchas de paz, justiça e liberdade.
- Pouco amor ao Deus do castigo e da morte, muito respeito ao Deus do amor e da vida.
- Pouco culto de costas ao povo, a Cristo Rei eterno nas alturas.
- Muito amor e seguimento a Jesus o de Maria, Companheiro, Profeta, Filho do Pai
- Pouco cada vez menos, muito, cada vez mais (Poesia de Ronaldo Muñoz)
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