terça-feira, 31 de janeiro de 2012

VI Parte. Justiça.Profecia.CEBs

PROFETICAS

Nas CEBs e por elas, a Igreja da América Latina e do Caribe, explicita sua vocação e responsabilidade missionaria (Romeiras) em função do Reinado de Deus. Essa dimensão vem precedida de UM ACONTECIMENTO PROFÉTICO, que é a proclamação do juízo de Deus sobre as situações e realidades humanas de gente que sofrem, dos que lutam por um mundo diferente, segundo o coração de Deus. Esse profetismo clama pela justiça, pela mudança de estruturas econômicas, politicas, culturais, na área da informática, lazer, saúde, religioso. Propõe conversão de pessoas, grupos, sociedade.
Os cristãos das CEBs, estão, cotidianamente lado a lado com os companheiros de trabalho, de vizinhança, de estudo, muitas vezes de infortúnio ... Conhecem por experiência direta os sofrimentos do povo, suas aspirações e possibilidades, assim como seus defeitos.
O Vaticano II se propôs falar sobre justiça e responsabilidade social, em nome de Deus, a toda gente de boa vontade e não só aos seus próprios fiéis. Fundamentando-se diretamente no ministério de Jesus e na Patrística, se foi liberando do modelo eclesial da Idade Média e desenvolveu um novo modelo eclesial que entende a Deus como comprometido com todos e não somente com os da Igreja católica. Colocou assim um ponto final na mentalidade da contra-reforma (apologética e doutrinal). As outras tradições religiosas não seriam necessariamente inimigas, mas possíveis aliadas. Todo ser humano é capaz de amar a verdade, a justiça e a paz.

VI – MISSIONÁRIAS
O “relançamento” das CEBs vai tomar um estilo de Romaria significando :
não apenas um evento raro e ocasional da vida na Igreja, mas sim o estilo de ser a comunidade de Jesus. É o seu dinamismo missionário, itinerante. Trata-se de uma força interior, que não permite ficar “esperando por”, mas que impele a ir ao “encontro de”
uma atitude em nome e por força da comunidade de Jesus. Um acontecimento de salvação. Todo encontro de misericórdia é teológico e salvador... mais para quem o dá do que para quem o recebe.
Deslocar-se em função de uma meta. Não ficar a meio caminho. O seu objetivo, ainda quando não foi alcançado já é misteriosamente efetivo e começa acontecer no próprio processo de provocar o deslocamento missionário da Igreja.
Caminhar e chegar efetivamente às suas metas. Por isso não deve sobrecarregar-se com pesos secundários. A regra missionaria é de aligeirar-se em relação às estruturas e ganhar agilidade missionaria. Ser tenda e não casa se cimento.
Recolocar o sagrado na vida e não só no templo. Tem consciência de que Jesus não pediu adoração, mas seguimento. Não enviou à sacristia mas aos confins da terra.
Não considerar a missão como um evento esporádico, mas como a forma de toda a Igreja ser. É a colaboração com a ação do Espírito, descobrindo o que Ele já esta fazendo, identificando onde se encontram as “sementes do Verbo”, nas situações e indivíduos, as chamadas “preparações evangélicas”

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