AS CEBS
+ As CEBs na América Latina surgem orientadas diretamente pela experiência das primeiras comunidades cristãs do Novo Testamento, como aparece no livro dos Atos e nas Cartas dos Apóstolos. Elas estão diretamente influencias pelo elã do Concilio, particularmente de Lumen Gentium n.26) e de Gaudium et Spes.
Sua proposta é a de reconstruir a instancia de base da Igreja (CEBs); usando um método de grande capacidade conscientizadora y militante: ver, pensar, agir, avaliar, celebrar constantemente e como comunidade. Não se ocupa unicamente dos efeitos, mas se propõe chegar às causas converter os agentes do mal, eliminar as estruturas desumanas, o pecado estrutural, confrontar as ideologias.
+ A dimensão de profecia e de justiça brotaram na lógica da Igreja do Vaticano II ; no texto de Medellín e da sua perspectiva de compromisso com os mais necessitados; assim como pelo que surgiu fortemente nas encíclicas Mater et Magistra, Populorum Progressio, Pacem in Terris.
- Son el relanzamiento de la Iglesia - en la integridad de su primera instancia bíblica, teológica, pastoral - en un lugar, pueblo y cultura. Aún no siendo una fotocopia, es lo mismo que aconteció con las comunidades del Nuevo Testamento, fundadas por los primeros seguidores de Jesús.
+ São comunidades, não mera estrutura, que congregam os discípulos/as de Jesus, em função de uma ação e estilo de convivência. O termo Comunidade, nas CEBS, é o equivalente a “koinonia”. Quer dizer que a CEB encarna e manifesta a essência do mistério da Igreja, fruto e comunicação do amor do Pai-Filho e Espírito (Ro 5,5). A raiz desta comunhão nasce de Deus e não dos membros da comunidade. Trata-se de um dom batismal-eucarítico-missionario, orientado ao serviço da humanidade toda, mas principalmente dos mais vulneráveis e necessitados.
+ São eclesiais, por sua identidade de acontecimento comunitário e missionário, fermento e primícias do reinado de Deus. Constituem a instancia de base do Povo de Deus . São comunidades missionárias e missão comunitária – da Galileia aos confins da terra, Igreja samaritana, ao lado dos “últimos”, dos mais sofridos, para que sejam sujeitos do novo mundo possível.
+ São “de base”, porque possuem o básico, o essencial de ser Igreja. Como um embrião contem todo o ser humano que vai se desenvolver. Base, neste caso não significa apenas o que é “pequeno” (pouca gente). É, com e por Jesus, e como Ele, a pedra angular da união com Deus e das pessoas entre elas (LG 1).
Existem ainda um sentido bíblico – significa partir dos pobres; e um sentido pedagógico: desde baixo, partindo das pessoas comuns, não unicamente das lideranças
As CEBs são ainda e ao mesmo tempo: nível, modelo, processo, kairos, paradigma sacramental da Igreja em diáspora. Pertencem à sua natureza sacramental (LG 1)
+ Como NIVEL eclesial, são a menor instância oficial da igreja. São, segundo o livro dos Atos e também Paulo, a Igreja da casa
+ Como MODELO, se configuram segundo as inspirações das primeiras comunidades do Novo Testamento (o mais antigo da Igreja); e seguem as linhas mestras do Vaticano II e as prioridades das Conferencias Gerais da América Latina e Caribe (o mais recente da Igreja e das realidades culturais + + Como PROCESO, as CEBs são a Igreja em pequeno. São como um embrião que ainda não desenvolveu todas e cada uma das suas potencialidades de pessoa humana. Com a força do Espirito progressivamente vão desenvolvendo o que é próprio da sua natureza.
+ Como KAIROS (acontecimento oportuno): são apresentadas pelos bispos como um “kairos” na Igreja (cf. 4ª Redação da Aparecida) : “Enraizadas no coração do mundo, são espaços privilegiados para a vivência comunitária da fé, mananciais de fraternidade e de solidariedade, alternativa para a sociedade atual fundada no egoísmo e na competência impiedosa” (DAp 193). E ainda: “As Comunidades Eclesiais de Base, em comunhão com seu bispo e o projeto de pastoral diocesana, são um sinal de vitalidade na Igreja, instrumento de formação e de evangelização, e um ponto de partida válido para a Missão Continental permanente” (DAp 195)
+ Como PARADIGMA, segundo o documento da Assembleia de Aparecida, no número 178 (DAp), são o mais antigo da Igreja, a inspiração das Primeiras Comunidades do Novo Testamento. Ao mesmo tempo, presentam o mais novo, quer dizer, as orientações do Vaticano II e das Assembleias Gerais da América Latina e do Caribe.
As CEBs estiveram assumindo, no seu nível, o que estava menos trabalhado na vida paroquial como: a relação entre fé e vida, o compromisso cidadão, a referência da Palavra Orante, a perspectiva do Reino e do Novo Povo de Deus, a enculturação, o ser um espaço de misericórdia e de acolhida a todos para uma vivência com relações evangélicas, também para os que não “cabem” na estrutura disciplinar da paróquia (por exemplo: os que vivem em uma situação matrimonial “irregular”,etc).
Nos números 179 e 180 (DAp) se apresenta um Quadro de Referência para os diversos níveis eclesiais: de base, paroquial e diocesano.
+ Como comunidade em DIÁSPORA, as CEBs expressam uma Igreja em diáspora (dirigindo-se ao “pátio dos gentios”, para usar a expressão do então teólogo José Ratzinger), uma Igreja Cristocêntrica, ecumênica, de minoria sem complexo de maioria, dialogante, participativa, Eucarística, martirial, com um mínimo de estruturas e máximo de vida, não atolada nas observâncias farisaicas, agindo com autonomia e comunhão, agarrada à Palavra de Deus, no dinamismo do mistério pascoal. Igreja orientada ao mundo (ecologia, cidadania) e não à sacristia. As CEBs se orientam aos que se encontram mais afastados dela. Partem da referência do Reino para chegar ao eclesial. A paroquia, ao contrario, em razão das suas estruturas, parte do eclesial para chegar ao Reino. O que vem acontecendo na prática pastoral é que, em geral, as CEBs, partindo da referência do Reino, chegam às expressões eclesiais, mas as paróquias, permanecendo no estritamente eclesial, muitas vezes não chegam a ser primícias do Reino.
Lo que viene pasando en la práctica pastoral es que, por lo general, las CEBs. desde el Reino llegan a lo eclesial, pero la Parroquia desde lo eclesial muchas veces no llega a ser primicia del Reino.
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