terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Conc.Vat. II. Decreto Ecumenismo. Unitatis Redintegratio


DECRETO SOBRE ECUMENISMO -  UNITATIS REDINTEGRATIO

SUBLINHANDO.

Ø  Preocupar-se pelo restabelecimento da unidade entre os cristãos é um dos propósitos principais do Vaticano II. A divisão entre nós contradiz a vontade de Deus e é motivo de escândalo.

Ø  Aumenta sempre mais o número de pessoas  e comunidades com um vivo desejo de união ecumênica.

Ø  Na Igreja de Jesus surgiram divisões, mas quem nasce agora em tais comunidades divididas não pode ser ajuda de pecado e a nossa Igreja católica os abraça com respeito e amor.

Ø  Elementos fundamentais que constituem a Igreja como a graça, as Escrituras, a fé, o batismo podem também encontrar-se fora das estruturas da Igreja católica.

Ø  Os católicos identificar tudo o que dentro da Igreja precisa ser corrigido para que se possa caminhar no sendeiro da união e mutuo entendimento no que é essencial à fé e missão cristã. A responsabilidade para restabelecer a unidade da  Igreja de Jesus afeta a todos: pastores e fieis.

Ø  A Igreja necessita reformar-se continuamente, tanto na disciplina eclesiástica, como no modo de anunciar a doutrina, que não pode ser confundido com a substancia da própria doutrina.

Ø  Não há verdadeiro ecumenismo sem conversão interior.  Por isso devemos implorar ao Espírito a graça da humildade, da fraternidade e da aproximação recíproca.

Ø  Os católicos devem adquirir um conhecimento adequado da doutrina, da liturgia e da psicologia religiosa dos demais cristãos

Ø  Ao expor a doutrina, tenha-se em consideração  que há uma hierarquia nas verdades, segundo o diverso nexo que guardam com o fundamento da fé. Existem aspectos que são inegociáveis e outros que podem ser considerados de diferentes maneiras. As expressões de fé não tem que estar ligadas às formulações ocidentais.

Ø  As comunidades cristãs não católicas são Igreja. O ecumenismo é constitutivo para a Igreja de Jesus. Sem um aprofunda renovação eclesial não há possibilidade de um verdadeiro caminho ecumênico. A Igreja católica, quanto mais se encerra em posições de autoritarismo e dogmatismo, sempre mais insiste nas suas pretensões de hegemonia, de nostalgia do sistema de “cristiandade”, onde não há lugar para diálogo e colaboração com outras Igrejas.

Ø  O critério definitivo da comunhão é a plenitude dos dons messiânicos presentes nas Igrejas.

Ø  Reconstruir a unidade não é uma “volta” das outras tradições religiosas católicas, senão diálogo respeitoso entre todos e particularmente com a Igreja Católica. Não é um retorno às estruturas da Igreja Católica Romana, mas um caminho de conversão em direção a Cristo.

Ø  Não poucas Igrejas orientais foram fundadas pelos próprios apóstolos.  É conhecida  dessas tradições cristãs, a piedade especialmente eucarística, a devoção à Virgem, a tradição monástica.

Ø  As Igrejas que se separaram de Roma no Ocidente conservam especiais laços de afinidade com a Igreja Católica em razão do longo período transcorrido nos séculos passados dentro da mesma comunhão. Existem, entretanto, infelizmente e ainda, importantes divergências não só psicológicas, senão também doutrinais.

Ø  Ao mencionar que o que constitui a Igreja de Cristo, a Lumen Gentium diz que tais elementos “subsistem” na Igreja Católica, mas não afirma que “somente” podem ser encontrados nela[i]. A teologia deve, de agora em diante, ser ensina numa perspectiva ecumênica.

 

O decreto sobre o Ecumenismo foi aprovado com 2137 votos.

 Votos contrários, 11.

Promulgado no dia 21 de Novembro de 1964.



[i] En 1995, Doc. Ut unum sint, Juan Pablo II pide a los teólogos de las diferentes comunidades cristianas que ayuden a reformular el ejercicio del primado petrino afín de que no sea un obstáculo para la unión de los cristianos…

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