terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Vaticano II. Decreto Ad Gentes


 

I)   # Decreto  AD GENTES- Sobre as Missões.

 MENCIONA particularmente:

Ø  Afirmou a missão do Filho, do Espírito e da Igreja a serviço da meta fundamental de tudo, o Reinado de Deus.

Ø  Toda a Igreja é uma comunidade missionaria e uma missão comunitária. Então não somente os presbíteros e religiosos/as participam do trabalho missionário, mas também os leigos.

Ø  A Igreja local é responsável de enviar missionários, não as congregações religiosas, os institutos missionários, os movimentos apostólicos, etc.

Ø  Todas as religiões são companheiras peregrinação rumo ao Reino. Os inimigos não são as outras religiões, mas a opressão, o desrespeito às pessoas, o fechamento ao apelo de Deus.

Ø  A responsabilidade missionaria é um processo e não um evento isolado. Significa: 1) saída de um modelo histórico, não transposição dele; 2) entrar em contato com realidades onde ainda não aconteceu o primeiro anuncio; 3) diálogo com as pessoas às quais se foi enviado; 4) identificação das sementes do Verbo e das preparações evangélicas que já existem em toda raça e cultura; 5) descodificar-se para entender o código das novas realidades; 6) testemunho de vida particularmente de serviço e prioridade aos mais necessitados, experiência da caridade, apreço à vida, apreço à dignidade humana e liberdade das pessoas; 7) apresentação da mensagem de Jesus por atitudes e palavras até ir formando pequenas comunidades de discípulos do Ressuscitado.

Ø  Aparece, como novidade, a terminologia das regiões pos –cristãs no mundo moderno (descristianizado)

Ø  Los que recebem o evangelho se evangelizam quando têm que comunicar, pro sua vez, o que receberam

Ø  Ninguém é missionário de um movimento ou congregação religiosa, mas da proposta de Jesus como Igreja

Ø  Retoma-se o que o Concílio de Trento não havia alcançado tratar, porque esteve ocupado com o rompimento provocado pela Reforma Protestante e pela urgência de uma reforma da Igreja, tantas vezes deixada para depois: - Não se considerou seriamente o desafio provocado pela Modernidade, o deslocamento do eixo do Mediterrâneo ao Atlântico, por obra dos navegadores portugueses e espanhóis e a imensa tarefa missionara que se abria na África e na Ásia e mais particularmente nas Américas.

Ø  O compromisso missionário, no caso da América Latina e do Caribe, não apareceu claramente como uma Igreja que se colocava ao lado da libertação das populações nativas; e na área portuguesa, ao lado da causa dos escravos negros.

No final de Trento (1563) a América latina e Caribe já tinha recebido milhares de missionários franciscanos, jesuítas, dominicanos, agostinianos, carmelitas, etc. e contava com três dezenas de dioceses tendo celebrado concílios locais e provinciais, se tomou o profetismo de Bartolomeu de Las Casas como inoportuno e contra os missionários. Não entendiam que a conquista da América para a Igreja Católica entrará em confronto com os colonizadores e, em última instância, com os governos de Espanha e Portugal

Ø  O documento “ad Gentes” não considerou o deslocamento do acontecimento eclesial ao novo mundo da América e da Australia, assim como da Asia e da Africa, nem avaliou o crescimento do Islamismo no mundo.

Ø  Há uma mudança significativa: das perspectivas: dos territórios de missão à natureza missionária da Igreja (AG 2, DAp 213); da missão AD GENTES à missão INTER GENTES; do monopólio “da salvação” à graça universal da salvação.

Ø  Não se tratou de colocar a Igreja local ao redor da Igreja Universal, mas o contrário.

 

Aprovado no dia  7 de Dezembro de 1965.

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