I)
# Constitução GAUDIUM
ET SPES,
PONTOS IMPORTANTES
É uma Constituição de princípios. A
Igreja tem consciência de formar parte da historia humana como povo de Deus.
Encerra a época dos documentos eclesiais que colocam a Igreja fora do mundo e
contra ele, como o Syllabus de Pio XI e da Encíclica Pascendi de Pio X.
Ø
Situa a Igreja no interior da historia. Dai entende a sua identidade e
missão próprias. Não se ocupa com a
revelação de verdades sobrenaturais que caem sobre o mundo para castiga-lo, mas
da manifestação de Deus nos acontecimentos. A Igreja coloca como base de um
solene documento a análise da situação para nela descobrir a presença do
Espírito. E a esperança do mundo.
Ø
Pela Encarnação, Deus se faz historia. Durante séculos o tema Igreja –
Mundo não foi tratado, a não ser com uma visão de superioridade eclesial sobre
o mundo.
Ø
O mistério pascal vale para todas as pessoas. O Espírito Santo a todos
oferece a possibilidade de que, em forma que só Deus conhece, se associem ao
mistério da Salvação em Jesus (GS 22). O
método é o de ler, na realidade da vida, a chamada de Deus que só acontece
dentro do caminhar humana. E isso é fazer teologia.
Ø
A Igreja deve analisar os problemas da existência humana. - É seu dever escrutar os sinais dos tempos e
interpretá-los à luz do Evangelho, para que possa responder às perguntas da
humanidade sobre o sentido da vida presente e futura e sobre a mutua relação
entre ambas.
Ø
A Igreja tem muito que aprender – receber – do mundo. Mas a Gaudium et
Spes nega porem qualquer possibilidade de transferir o modelo de autoridade
deste mundo, ao modo de agir da igreja e das autoridades eclesiásticas.
Ø
A Igreja não é uma democracia no sentido socio-político do termo. Suas
autoridades não recebem o poder por meio do povo. Mas este deve confirmar se as
autoridades eclesiais estão de acordo com o Evangelho.
Ø
Todo descobrimento humano é também um canal para a acolhida e realização
da graça divina. Todas as coisas têm a sua própria verdade e bondade. Isso
corresponde à vontade do Criador. GS 36 (Autonomia do criado GS 41);
Ø
A dimensão religiosa é constitutiva do ser humano mas isso não significa que seja missão da
autoridade religiosa dar soluções concretas às diversas questões, mesmo graves,
que surjam.
Ø
A mensagem de Cristo não mira dar uma visão uniforme à ordem social de
maneira que obrigue a todos a aceitá-la. Os espaços que antes eram da Igreja,
agora são pluralistas. A democratização levou ao pluralismo religioso.
Ø
A Igreja deve fazer diálogo aberto com a modernidade, para entender o
que o progresso científico, a globalização , a dinâmica da sociedade significam
para a fé. Deve dar testemunho da fé no processo econômico, político, no mundo
das ciências e da cultura.
Ø
A modernidade é a caída das grandes referencias, incluindo das
religiões. Cada quem tem que criar a sua síntese pessoal. E a pessoa humana tem
direito à liberdade religiosas.
Ø
Deve existir autonomia em relação às investigações científicas; a
solidariedade internacional obriga a todos; deve-se buscar condições de vida
digna para todos os seres humanos (GS 57). As realidades terrestres: artes, ciências,
invenções têm a sua própria autonomia (GS 59,62,75)
Ø
A Igreja e o Estado são entidades separadas e independentes. Não se usa
mais a terminologia de Sociedade perfeita seja em relação ao mundo, como em
relação à Igreja.
Ø
A Igreja não é o Estado do Vaticano.
Ø
Afirma-se a destinação universal dos bens terrestres
Ø
A dimensão religiosa é constitutiva do ser humano
Ø
A autenticidade e o testemunho das pessoas são a força da Instituição
religiosa (não a instituição em si mesma)
Ø
A objeção de consciência é legítima moralmente. Também em matéria
religiosa (LG 41)
Ø
Não existe guerra justa. Toda guerra é contra o espírito evangélico
Ø
O documento denuncia os crescimentos econômico desiguais que cegam as
necessidades das maiorias e é indiferente aos rejeitados pelo sistema
econômico, político social dominante.
Ø A Palavra e o Espírito
estão sempre ativos, em todo lugar, oferecendo a cada pessoa uma participação
no mistério Pascal do modo que só Deus conhece (GSp 22)
Ø Gaudium et Spes não
apresenta uma visão negativa do mundo moderno (secularização, ateísmo) - O Documento é dirigido a toda a humanidade,
40-44 (particularmente à família, cultura , desenvolvimento econômico,
politico, paz (G Spes 53-62), e também:a situação da pessoa humana no mundo
moderno.
Ø Todo descobrimento
humano é canal para a realização e acolhida da graça divina. Afirma-se uma
justa autonomia das ciências humanas
Ø Toda guerra é contra o
espírito do Evangelho. Não existe guerra justa.
Ø O principio de
autoridade não pode ser imposto. A autoridade deve ser ganha, conquistada.
Ø Toda repressão da
liberdade deforma a verdade. A repressão defende sua verdade ideologizada.
Ø
A Constituição enfim examina
a originalidade da Igreja, que não pode ser reduzida a nenhum modelo político. Não
hesita em apresentar a Igreja e a sociedade em situação de reciprocidade. O que
a Igreja dá ao mundo não está desvinculado do que ela recebe do mundo (nn. 41 a
44).
Ø
É de Cristo que recebemos incessantemente o Evangelho da salvação para
propô-lo ao mundo. É "da história e do gênero humano" que a Igreja
recebe novas perspectivas para a sua presença efetiva entre as pessoas desta época[i].
A Gaudium et Spes foi aprovada
no dia 7 de Dezembro de 1965.
Votos contrarios: 75
Citada 42 veces en el documento de
Medellín.[ii]
[i] A ideia
democrática, por exemplo, não se aplica à Igreja do mesmo modo que na sociedade
política. Ela pode e deve, no entanto, inspirar os modos de relação dentro da
comunidade cristã. Não basta repetir abusivamente que "a Igreja não é uma
democracia". Seria melhor mostrar o que um sadio espírito democrático pode
oferecer de vivificante na atuação daquele "momento comum" que é a
expressão do povo de Deus.
EL DISCURSO DE PAULO VI EN BOGOTA- citado 10 veces en
Medellín
EL DISCURSO DEL PAPA AL EPISCOPADO AL FINAL DEL CONCILIO
es citado 10 veces en Medellín.
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