sábado, 1 de setembro de 2012

Homilia revisada, 22 Set 2012. Outro texto


22 Domingo do tempo comum, dia 2 de Setembro 2012 (José F. Marins).

O texto de Marcos não é uma crônica ou documentário, senão um Evangelho. É a mensagem de Deus, anunciada por Jesus, repetida, colocada em prática, interpreta ao longo de 40 anos de vida eclesial (depois da morte de Jesus até o ano 70).

Neste momento, através de mais um desencontro de Jesus com os fariseus e Mestres da Lei, temos preciosas orientações para orientar nossa vida de discípulos do Senhor: - Como cumprir as prescrições religiosas que nos chegam pela Igreja?

- Afinal, se Jesus desobedeceu às Leis religiosas do seu povo, então...?

           @ Vamos dar 7 encaminhamentos que ao mesmo tempo nos orientam e libertam de fundamentalismos doentios.

1.  AJUSTAR A CABEÇA E O CORAÇÃO  às prescrições e modos de viver e agir.

@ A fé uma totalidade. Não são puras ideias, nem só emoções. Estas podem surgir com grande força, mas passam ou terminam criando obsessões e dependências. São como chuvas de tempestade que inundam e arrazam.

    Trata-se de amar o que fazemos porque entendemos o seu sentido (Por exemplo, a obrigação da missa dominical, os 10 mandamentos...)

    A insistência não è: - Você tem que fazer assim porque foi mandado!

Mas, - Isto que está sendo “proposto” certamente é para o seu bem, mesmo que neste momento não se alcance a entender tudo, vale a pena confiar.

 

2.MANTER AS PRIORIDADES. Distinguir entre o que é imprescindível e o que é bom, mas secundário (Não podemos sobreviver sem água, mas o cafezinho pode ser dispensado.

Assim pois, @ Espiritualidade não é rezar, mas sim assumir a proposta do Reino de Deus e não só o programa de um movimento de piedade o grupo de militância.

   Decidir o que o que tem que ser feito imediatamente e o que pode e deve esperar. Ex. hemorragia de uma artéria e a unha encravada (A ajuda assistencial a um faminto e a ação promocional e libertadora de ensinar-lhe uma profissão e de criar estruturas justas na sociedade)

 

3.DECIDIR O QUE NÃO DEVE SER FEITO DE UMA SÓ VEZ, como assistir num mesmo dia 5 missas para “folgar” depois durante o mês inteiro.

@ Uma coisa é o evento, outra o processo. Trata-se de transformar eventos em processo. #A conversão é a perseverança na caminhada e não salto de paraquedas.

 

4. E O QUE SIM, DEVE SER DE UMA SÓ VEZ E NÃO POR ETAPAS, como pular uma poça de agua. @ São as opções inegociáveis: a fé dos Apóstolos, a comunidade, o serviço aos necessitados, a missão.

 

5. COMPROMISSO QUE SE ASSUMEM JUNTOS. Por exemplo: a mesa comum e não serviço no balcão. Dia de ação de graças, cada um chegando e saindo quando queira, depois de fazer o prato na cozinha e comer sozinho num canto.

- Dar fim a uma relação adúltera.

@ O nosso Deus é uma comunhão de Três Pessoas distintas. Somos chamados a ser dessa Família, Povo de Deus – não seita ou mero grupo de atividades piedosas.

 

6. NÃO REPETIR A ORAÇÃO DO FARISEU DESPREZANDO O PUBLICANO. – “Não sou com os outros... cumpro tudo com Deus... e justo a mim veio essa desgraça!”

Rezamos o terço, lemos a Bíblia, nunca falamos à missa e aqueles, aquela...

@ Os dons que temos não são para serem exibidos mas colocados a serviço do Reino

Não se entra em um movimento para a ele servir, senão para comprometer-se com a proposta do Reino.

 

7. PERSEVERAR ATE O FIM, não basta haver começado bem...É decisivo ter orientar-se pela meta (Reino). Os caminhos podem ser diferentes. Nem se deve iludir só com um trecho sem perguntar-se – “Onde nos está levando?”, como aquele que, para descer mais depressa os 20 andares, saltou da janela e concluiu, quando passava pelo 15 andar, que tudo estava indo muito bem (So far, so good)

 

### Cuidado com os gestos religiosos que consciente ou inconscientemente querem plateia. Cuidado com o que chama a atenção e até dá um sentido de superioridade.

 

- E Jesus ficou olhando aquela mulher que colocava no cofre do Templo suas 3 últimas moedas... Ninguém notou. Só Jesus.

 

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