domingo, 23 de dezembro de 2012

Conservadorismos que nos enganam e se enganam

 

   O fato do “conservador” nada querer mudar não significa que ele está sendo fiel a Deus. Essa falsa fidelidade está escondendo, muitas vezes: rigidez, covardia, imobilidade, comodidade, falta de fé na criatividade do Espírito.          A atitude conservadora é perigosa principalmente  quando não se apresenta com seu próprio nome, senão invocando a ortodoxia, o sentido da Igreja ou a defesa dos valores cristãos.

   A fidelidade a Deus não se vive na passividade e na inercia, senão na vitalidade e com o risco de quem trata de escutar hoje as chamadas de Deus.

       - Existem dirigentes eclesiásticos se preocupam com essa “ortodoxia” e pensam que assim estão colocando ordem no interior da Igreja, na liturgia e na organização dos ministérios...como si isso revitalizasse infalivelmente o espírito dos fieis.  

       Assim, por exemplo, a preocupação para precisar valores indiscutíveis como a presença do corpo e sangue de Cristo na liturgia, pode levá-los, inconscientemente, a olvidar a presença viva do Senhor ressuscitado na comunidade cristã, no pobre, na missão, na Palavra Revelada, na Criação...

       A justa consideração pelo ministério petrino, valorando o papel do Papa na Igreja, pode coloca-lo num pedestal, desconsiderando a colegialidade episcopal... Valorizar o ministério ordenado de bispos, presbíteros, diáconos... pode crear uma prática ambígua, como se eles não estivessem a serviço do Povo de Deus e não o contrário.

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