O fato do “conservador” nada querer mudar não significa que ele está
sendo fiel a Deus. Essa falsa fidelidade está escondendo, muitas vezes:
rigidez, covardia, imobilidade, comodidade, falta de fé na criatividade do
Espírito. A
atitude conservadora é perigosa principalmente
quando não se apresenta com seu próprio nome, senão invocando a
ortodoxia, o sentido da Igreja ou a defesa dos valores cristãos.
A fidelidade a Deus não se vive na passividade e na inercia, senão na
vitalidade e com o risco de quem trata de escutar hoje as chamadas de Deus.
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Existem dirigentes eclesiásticos se preocupam com essa “ortodoxia” e pensam que
assim estão colocando ordem no interior da Igreja, na liturgia e na organização
dos ministérios...como si isso revitalizasse infalivelmente o espírito dos
fieis.
Assim,
por exemplo, a preocupação para precisar valores indiscutíveis como a presença
do corpo e sangue de Cristo na liturgia, pode levá-los, inconscientemente, a
olvidar a presença viva do Senhor ressuscitado na comunidade cristã, no pobre,
na missão, na Palavra Revelada, na Criação...
A
justa consideração pelo ministério petrino, valorando o papel do Papa na
Igreja, pode coloca-lo num pedestal, desconsiderando a colegialidade
episcopal... Valorizar o ministério ordenado de bispos, presbíteros,
diáconos... pode crear uma prática ambígua, como se eles não estivessem a
serviço do Povo de Deus e não o contrário.
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