A MARIOLOGIA
A devoção
mariana tem sido a grande força da religiosidade popular católica Ela tem assegurando
a fidelidade eclesial de milhões de batizados que recebem pouca atenção
pastoral, seja por falta numérica de ministros, seja pelas distâncias geográficas
e psicológicas que foram sendo criadas entre a vida da instituição eclesial e a
realidade em que se encontram os fieis.
De outra parte, se
desenvolveu uma MARIOLOGIA que deve ser revisada:
- Maria não vem
proclamar mensagens apocalípticas que ameaçam com castigos terríveis a uma vida
de impiedade, enquanto ela oferece sua proteção a quem faça penitencia ou reze
determinadas orações.
- Concentrar a fé e
prática cristã em torno a uma prática mariana desligada de Jesus, do projeto do
Reino, da prioridade dos necessitados, e colocar nos lábios e nas atitudes de
Maria um sentimentalismo enfermo, é perder o rumo da verdadeira devoção daquela
que Paulo VI proclamou, Mãe da Igreja.
- A devoção mariana
autêntica nada tem a ver como uma “piedade” que alimenta secretamente relações
infantis de dependência e fusão com a mãe idealizada –virgem. Favorecendo no
fundo, um desprezo à mulher real, eterna tentadora do homem. Deve ser uma devoção
que abra projeto de Deus e não o faça retroceder a uma relação infantil com a
mãe imaginaria.
O Vaticano II coloca Maria no capítulo
VIII da Lumen Gentium, para dar-lhe toda a honra do seu lugar imprescindível na
comunidade eclesial, a serviço do mundo, com Jesus, no Espírito de acordo com o
plano do Pai
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