domingo, 23 de dezembro de 2012

Pagola, valorizando a Mariologia


           

  A MARIOLOGIA

A devoção mariana tem sido a grande força da religiosidade popular católica Ela tem assegurando a fidelidade eclesial de milhões de batizados que recebem pouca atenção pastoral, seja por falta numérica de ministros, seja pelas distâncias geográficas e psicológicas que foram sendo criadas entre a vida da instituição eclesial e a realidade em que se encontram os fieis.

De outra parte, se desenvolveu uma MARIOLOGIA que deve ser revisada:

- Maria não vem proclamar mensagens apocalípticas que ameaçam com castigos terríveis a uma vida de impiedade, enquanto ela oferece sua proteção a quem faça penitencia ou reze determinadas orações.

- Concentrar a fé e prática cristã em torno a uma prática mariana desligada de Jesus, do projeto do Reino, da prioridade dos necessitados, e colocar nos lábios e nas atitudes de Maria um sentimentalismo enfermo, é perder o rumo da verdadeira devoção daquela que Paulo VI proclamou, Mãe da Igreja.

- A devoção mariana autêntica nada tem a ver como uma “piedade” que alimenta secretamente relações infantis de dependência e fusão com a mãe idealizada –virgem. Favorecendo no fundo, um desprezo à mulher real, eterna tentadora do homem. Deve ser uma devoção que abra projeto de Deus e não o faça retroceder a uma relação infantil com a mãe imaginaria.

       O Vaticano II coloca Maria no capítulo VIII da Lumen Gentium, para dar-lhe toda a honra do seu lugar imprescindível na comunidade eclesial, a serviço do mundo, com Jesus, no Espírito de acordo com o plano do Pai

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