sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O MEDO, O FIM DO MUNDO E O INFERNO


 “O MEDO, O FIM DO MUNDO E O INFERNO...”

Síntese do artigo publicado no jornal A RAZÂO, st.Maria, 21 de Dezembro 2012, Fabio Vasconcelos, Arquiteto, teólogo e Pastor Anglicano, St.Maria,rs.

 

- O medo é a “mola” da sociedade, não a libido, como ensinava Freud. O Medo, além de  surgir como um mecanismo de defesa de nossa própria natureza, é um dos instrumentos que a mídia, a publicidade, as religiões e outras instituições lançam mão a fim de manipular as massas na compra de seus Produtos, seus Alarmes, seus Seguros, ou mesmo seus Dogmas, sua Salvação do “Inferno”, ou, até quem sabe, do “Fim do Mundo”.

 Muitas religiões precisam de um apocalipse. Ora, se o mundo demorar para acabar, as pessoas não terão tanta pressa em se converterem e “serem salvas”.  Alguns “fieis” têm o medo da rejeição no fim de suas vidas por parte do sei criador. O pastor Rubem Alves sublinhava: “Se você se decidir a acreditar que Deus tem uma câmara de torturas que lhe dá prazer, então você tem de acreditar também que ele é um monstro igual aos torturadores que brincavam com as crianças durante o dia e torturavam pessoas indefesas durante a noite. Sua bondade diurna não passa de uma farsa. Eu não poderia amar um Deus assim. Você poderia?”

       Sem paz, e com suas culpas potencializadas, hoje muitos só dormem com Lexotam, Prozac, Rivotril e etc.

    A primeira carta de João (4,17-19) revela: “Nisto é  aperfeiçoado em nós o Amor, para que no dia do fim tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo. No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo;  porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor. Nós amamos, porque ele nos amou primeiro”.

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