domingo, 23 de dezembro de 2012

CONVIVER COM A CULTURA


 

CONVIVER PROFETICAMENTE COM A CULTURA CONTEMPORANEA

1.  Podemos estar confundindo o valioso com o útil; o bom com o que nos apetece; a felicidade com o bem estar. Sabemos que não é tudo, mas queremos convencer-nos que nos basta.

2.  Podemos estar sendo contaminados por uma cultura da superficialidade, só vale o imediato; cultura da distração, as pessoas estão sempre fora de si mesmas; tudo esta orientado ao consumo.

3.  A civilização da abundancia nos oferece meios de vida, mas não razões para viver. Vive-se com uma visão falsa da realidade.

4.  Toma-se em serio o supérfluo e perde-se de vista o profundo.

5.  Não se trata de amar a quem melhor nos retribui, senão a quem nos necessita

6.  Abandonamos a religião ingênua de outros tempos, mas não as substituímos por algo melhor.

7.  Vive-se a sexualidade à margem do amor

8.  Os que estão numa situação cômoda, consideram o cristianismo como uma religião que deve preocupar-se para manter as leis e a ordem estabelecida.

9.  A modernidade comunica insatisfação, trivialidade do quotidiano, superficialidade da sociedade, des-comunicação como mistério, dilui a religiosidade tradicional, é uma cultura de informação

10.          O capitalismo não fomenta a solidariedade, mas reforça a diferença. Não se dá lugar ao Espírito. Nem se o pede. Nem se o recebe.

11.          Consumismo de novidades que não mudam as pessoas, senão que simplesmente as entretêm.

12.          O ser humano deve cultivar o espírito, conhecer a amizade, experimentar o mistério do transcendente, agradecer a vida, viver a solidariedade. Passar da hostilidade à hospitalidade.

13.          A salvação não vai acontecer automaticamente. Não basta ser filhos de Abraão.

14.          Quem não trabalha para desterrar a violência não crê em uma sociedade fraterna. Nos outros o sofrimento é sempre mais irreal e menos terrível. Por isso é necessário empatia para defender as vítimas, criar um estilo de mundo  diferente dos códigos vigentes na sociedade burguesa.

15.          Quem não luta contra a injustiça não crê num mundo mais justo. Deus não quer que o ser humano chore. A misericórdia é o principio fundamental da ação de Deus e o que configura toda a vida, missão e destino de Jesus.

16.          Quem não trabalha para libertar o ser humano das suas escravidões, não pode crer em um mundo novo e feliz. O leproso que voltou era o que tinha sido radicalmente curado, não só da lepra, mas também da sua humanidade. Era agora alguém que além da sua saúde,  podia pensar em um mundo novo.

17.          Quem nada faz para mudar a terra não crê  no céu. Jesus nunca foi visto como representante da Lei, mas como profeta da compaixão de Deus. O mais importante de Deus é a compaixão, não a majestade.

 

+ «Nossos contemporâneos escutam melhor aos testemunhos do que aos Mestres, ou se escutam aos Mestres é porque são testemunhos.” (Paulo VI)

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