“Em nossas deliberações sobre como deve ser feito para que o
Evangelho de
Cristo seja novamente
apaixonadamente atrativo para os homens e mulheres de nossos dias, espero que
nunca percamos de vista aquilo que o faz apaixonante para nós, para cada um de
nós em nossos diferentes ministérios”, diz
Rowan Williams, arcebispo da
Igreja
anglicana, em pronunciamento por ocasião do
Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização.
O texto é publicado no sítio
Ameríndia. A tradução é do
Cepat.
Eis o
pronunciamento.Sua
Santidade,
Reverendos Padres,
Irmãos e
Irmãs em Cristo,
Queridos amigos, para mim é uma honra ter sido
convidado pelo
Santo Padre para falar nesta assembleia. Como
diz o Salmista: “Ecce quam bonum et quam juncundum habitare fratres in unum”. A
assembleia do
Sínodo dos Bispos para o bem do povo de
Cristo é uma dessas matérias que sustentam a saúde da
Igreja de
Cristo. Hoje, em especial, não
podemos esquecer a grande assembleia de “frates in unum” que foi o
Concílio Vaticano II, que tanto fez pela
saúde da
Igreja, ajudando a mesma a recuperar muito da energia
necessária para a proclamação da Boa Nova de
Jesus Cristo, de
uma maneira eficaz em nosso tempo.
Para muita gente de minha geração,
inclusive para além das fronteiras da
Igreja católica romana, o
Concílio foi um sinal de grande promessa, um sinal de que a
Igreja era suficientemente forte para pensar questões difíceis
em relação a sua cultura e estruturas, assim como se estas eram as adequadas
para a tarefa de compartilhar o
Evangelho com a complexa,
muitas vezes rebelde e sempre inquieta mente do mundo moderno.
Em muitos
aspectos, o
Concílio foi uma redescoberta da inquietude e
paixão evangélica, centrada não apenas na renovação da própria vida da
Igreja, mas também em sua credibilidade no mundo. Textos como a
“
Lumen Gentium” e a “
Gaudium et Spes” ofereceram uma visão fresca
e prazerosa sobre como a imutável realidade de
Cristo vivo em
seu Corpo na terra, por meio do dom do
Espírito Santo, pode
falar com palavras novas à sociedade de nosso tempo e, inclusive, àqueles que
pertencem a outros credos.
Não é surpresa que, cinquenta anos depois,
continuemos debatendo sobre algumas das mesmas questões e implicações do
Concílio. E penso que a preocupação deste
Sínodo
pela nova evangelização é parte dessa exploração contínua da herança do
Concílio.
Um dos aspectos mais importantes da teologia,
segundo o
Vaticano II, foi a renovação da antropologia cristã.
No lugar da narração neoescolástica, muitas vezes tergiversada e artificial,
sobre como a graça e a natureza se relacionam na constituição do ser humano, o
Concílio ampliou os elementos importantes de uma teologia que
voltava às fontes mais precoces e ricas: a teologia de alguns gênios espirituais
como
Henri de Lubac, que nos recordou o que significava para o
cristianismo primitivo e medieval falar da humanidade feita à imagem de
Deus e da graça como a perfeição e transfiguração dessa imagem,
durante muito tempo revestida de nossa habitual “desumanidade”. Sob esta luz,
proclamar o
Evangelho é proclamar que ao menos é possível ser
adequadamente humano: a fé católica e cristã é um “verdadeiro humanismo”,
adotando uma frase emprestada de outro gênio do século passado,
Jacques
Maritain.
Contudo,
Lubac é muito claro sobre o
que isto não significa. Nós não substituímos a tarefa evangélica por uma
campanha de “humanização”. Ele pergunta: “Humanizar antes de cristianizar?” “Se
isto obtém êxito, o cristianismo chegará muito tarde: tirar-lhe-ão o posto. E
quem pensa que o cristianismo não humaniza?” Assim escreve
Lubac
em sua maravilhosa coleção de aforismos: “
Paradoxos”.
É a própria fé que configura o trabalho de humanização e a iniciativa de
humanização estaria vazia sem a definição de humanidade dada no Segundo Adão. A
evangelização, primitiva ou nova, dever estar enraizada na profunda confiança de
que possuímos um destino humano inconfundível, para mostrar e compartilhar com o
mundo. Há muitas maneiras de dizer isto, mas nestas breves observações quero me
concentrar num único aspecto em particular.
Ser completamente humano é
ser recriado na imagem da humanidade de
Cristo; e esta
humanidade é a perfeita “tradução” humana da relação entre o
Filho
eterno e o
Pai eterno, uma relação de amor e de
adorada entrega, um transbordamento de vida para o Outro. Assim, a humanidade na
qual nos transformamos no
Espírito, a humanidade que queremos
compartilhar com o mundo, como fruto do trabalho redentor de
Cristo, é uma humanidade contemplativa.
Edith
Stein observou que começamos a entender a teologia quando vemos
Deus como o “Primeiro Teólogo”, o primeiro que fala acerca da
realidade da vida divina, porque “todas as palavras sobre
Deus
pressupõem a própria palavra de
Deus”. De forma
análoga, poderíamos dizer que começamos a compreender a contemplação quando
vemos
Deus como o primeiro contemplativo, o paradigma eterno da
desinteressada atenção ao outro que não traz a morte, mas a vida ao nosso eu.
Toda contemplação de
Deus pressupõe o próprio conhecimento
prazeroso e absorto, em si mesmo, de
Deus, olhando fixamente
para a vida trinitária.
Ser contemplativo, assim como
Cristo
é contemplativo, é abrir-se para toda a plenitude que o
Pai
deseja derramar em nossos corações. Com nossas mentes serenas e
preparadas para receber, com nossas autogeradas fantasias sobre
Deus
e sobre nós silenciadas, estamos por fim no ponto onde talvez possamos
começar a crescer. E o rosto que precisamos mostrar ao nosso mundo é o rosto de
uma humanidade em crescimento infinito para o amor, uma humanidade tão alegre e
partícipe da glória para a qual nos dirigimos que nos disponibilizamos a
embarcar numa viagem sem fim, para encontrar nosso caminho mais profundo nele,
no coração da vida trinitária.
São Paulo fala de como
“com o rosto descoberto, refletimos... a glória do Senhor” (2Co 3, 18),
transfigurados por um resplendor cada vez maior. Este é o rosto que devemos nos
esforçar para mostrar ao nosso próximo. E devemos nos esforçar não porque
estejamos buscando alguma “experiência religiosa” particular que nos dê
segurança e nos faça mais santos. Nós nos esforçamos porque neste esquecer-se de
si mesmo, olhando fixamente para a luz de
Deus em
Cristo, aprendemos a como nos olharmos uns aos outros e toda a
criação de
Deus. Na
Igreja primitiva havia uma
clara compreensão da necessidade de avançar, a partir de uma autocompreeensão
instigada pela disciplina de nossos ávidos instintos e anseios, para uma
“natural contemplação” que percebia e venerava a sabedoria de
Deus
na ordem do mundo, permitindo-nos ver a realidade criada por aquilo que
realmente era a visão de
Deus – mais do que era no sentido de
como podíamos usá-la ou dominá-la. E a partir disto, a graça nos guiaria para a
verdadeira “teologia”, olhando fixa e silenciosamente para
Deus, meta de todo nosso discipulado.
Nesta perspectiva,
a contemplação está longe de ser apenas um tipo de coisa que os cristãos fazem.
Ela é a chave para a oração, liturgia, arte e ética. A chave para a essência de
uma humanidade renovada, capaz de ver o mundo e os outros sujeitos do mundo com
liberdade – liberdade dos costumes egoístas e cobiçosos, e da compreensão
distorcida que deles derivam. Para explicá-la com audácia, a contemplação é a
única resposta ao mundo irreal e insano que nossos sistemas financeiros, nossa
cultura da publicidade e nossas emoções caóticas e irreflexivas nos forçam a
habitar. Aprender a prática contemplativa é aprender o que carecemos para viver
de uma maneira verdadeira, honesta e amorosa. É uma questão profundamente
revolucionária.
Em sua autobiografia,
Thomas Merton descreve uma experiência que
lhe aconteceu pouco depois de entrar no mosteiro, local em que passou o resto de
sua vida (Silêncio escolhido). Teve gripe e ficou internado na enfermaria
durante alguns dias, e disse que sentiu uma “alegria secreta” pela oportunidade
que este fato lhe proporcionou para rezar e “fazer tudo o que queria fazer, sem
ter que correr por todo o lugar atendendo a campainhas”. Assim, é obrigado a
reconhecer que sua atitude revela que “todos os meus maus hábitos... tinham
entrado sub-repticiamente comigo no mosteiro e tinham recebido os hábitos
religiosos comigo: voracidade espiritual, sensualidade espiritual, orgulho
espiritual”. Em outras palavras, ele tentava viver uma vida cristã com a bagagem
emocional de alguém ainda profundamente comprometido com a busca da satisfação
individual.
É um aviso poderoso: temos que ter cuidado para que nossa
evangelização não sirva simplesmente como elemento de persuasão para que peçamos
a
Deus e à vida do espírito pelos fatos dramáticos, excitantes
ou de autoadulação que muitas vezes satisfazem nossa vida diária. Isto foi
expresso de forma mais contundente, há algumas décadas, pelo estadunidense
estudante de religião
Jacob Needleman, num livro controvertido
e desafiante, intitulado “
Cristianismo perdido”. As palavras do
Evangelho, disse, estão dirigidas aos seres humanos que “já não
existem”, ou seja, responder entregar-se àquilo que o
Evangelho
pede de nós significa transformar completamente nosso ser, nossos
sentimentos e nossos pensamentos e imaginação. Converter-se à fé não significa
simplesmente adotar um novo grupo de crenças, mas transformar-se numa nova
pessoa, uma pessoa em comunhão com
Deus e com outros através de
Jesus Cristo.
A contemplação é um elemento intrínseco
deste processo de transformação. Aprender a olhar
Deus sem
levar em conta a minha própria satisfação imediata, aprender a escrutinar e
relativizar os anseios e fantasias que surgem dentro de mim, significa permitir
a
Deus ser
Deus e, assim, permitir que a
oração de
Cristo, a própria relação de
Deus
com
Deus, entre e viva dentro de mim. Invocar o
Espírito Santo é pedir para que a terceira pessoa da
Trindade entre em meu espírito e traga a claridade de que
necessito para ver onde sou escravo de anseios e fantasias, para que me dê
paciência e calma enquanto a luz e o amor de
Deus penetram em
minha vida interior. Somente se isto começar a acontecer é que não tratarei os
dons de
Deus como outro grupo de objetos que compro para ser
feliz ou para dominar outros. E na medida em que este processo se desenvolve,
sou mais livre – tomando emprestada uma frase de
Santo Agostinho (
Confissões
IV. 7) – para “amar os seres humanos de uma maneira humana”, amar-lhes
não pelo que me prometem, amar-lhes não porque me dão segurança e conforto
duradouro, mas como meu próximo frágil, sustentado no amor de
Deus. Descubro, então (como observamos anteriormente), como
devo olhar as pessoas e as coisas que são em relação com
Deus,
não comigo. E é aqui onde a verdadeira justiça, como o verdadeiro amor, possui
suas raízes.
O rosto humano que os cristãos querem oferecer ao mundo é um
rosto marcado por esta justiça e este amor é, portanto, um rosto formado na
contemplação, na disciplina do silêncio e na separação dos objetos que nos
escravizam e dos instintos irracionais que nos decepcionam. Se a evangelização é
uma questão de mostrar ao mundo o rosto humano “revelado” que reflita o rosto do
Filho voltado ao
Pai, deve levar nela o
compromisso sério de fomentar e nutrir a oração e a prática. Não é necessário
dizer que com isto não se pretende, em absoluto, discutir que esta transformação
“interna” é mais importante que a ação pela justiça, mas sim se quer insistir no
fato de que a clareza e a energia de que necessitamos para levar adiante a
justiça requer que ofereçamos espaço à verdade, para que a realidade de
Deus a atravesse. Do contrário, nossa busca pela justiça ou paz
se converte em outro exercício de vontade humana, minada pela autodecepção
humana. Os dois chamados são inseparáveis: o chamado à “oração e a reta ação”,
como disse o mártir protestante
Dietrich Bonhoeffer, escrevendo de sua cela
na prisão, em 1944. A verdadeira oração purifica o motivo, a verdadeira justiça
é o trabalho necessário para compartilhar e libertar em outros a humanidade que
descobrimos em nosso encontro contemplativo.
Aqueles que pouco sabem e
menos ainda se preocupam com as instituições e hierarquias da
Igreja, nestes dias se encontram muitas vezes atraídos e
desafiados por vidas que mostram algo disto. São as comunidades novas e
renovadas aquelas que de maneira mais eficaz chegam àqueles que nunca creram ou
que abandonaram a fé por ser vazia ou velha. Quando se escreve a história cristã
de nosso tempo, especialmente em relação à Europa e América do Norte, mas não
apenas, vemos o quão central e vital tem sido o testemunho de lugares como
Taizé ou
Bose, mas também o
de outras comunidades mais tradicionais, transformadas em centros para a busca
de uma humanidade mais ampla e profunda do que aquilo que os hábitos sociais
fomentam. E as grandes redes de espiritualidade, como
Santo Egídio, os
Focolares,
Comunhão e Libertação, mostram também o mesmo
fenômeno: criam espaços para uma visão humana mais profunda, porque todos eles,
de várias maneiras, oferecem uma disciplina de vida pessoal e comunitária que
torna a realidade de
Jesus viva em nós.
E, como mostram
estes exemplos, a atração e o desafio daquilo que estamos falando podem criar
compromissos e entusiasmos que cruzem as linhas confessionais históricas. Nestes
dias, estamos acostumados a falar sobre a importância vital do “ecumenismo
espiritual”, contudo, esta não dever ser uma questão que, de alguma maneira,
oponha o espiritual e o institucional, e não deve substituir os compromissos
específicos com um sentido geral de sentimento comum cristão. Se contarmos com
uma descrição sólida e rica daquilo que a palavra “espiritual” em si mesma
significa, enraizada nos conteúdos bíblicos como os da passagem da
Segunda Epístola aos Coríntios, mencionada antes, entenderemos
o ecumenismo espiritual como a busca compartilhada para nutrir e sustentar as
matérias contemplativas, com a esperança de revelar o rosto de uma nova
humanidade.
Quanto mais separados estivermos, como cristãos, de
diferentes confissões, menos convincente será esse rosto. Eu mencionei o
movimento dos
Focolares: Vocês concordarão que o imperativo
básico na espiritualidade de
Chiara Lubich era “sejamos um” – um com
Cristo Crucificado e abandonado, um por meio Dele com o
Pai, um com todos os chamados a esta unidade e, portanto, um
com os mais necessitados do mundo. “Os que vivem em unidade... vivem fazendo com
que eles próprios penetrem mais em
Deus. Crescem sempre mais
próximos de
Deus... e quanto mais próximos estão Dele, mais
próximos estão dos corações de seus irmãos e irmãs” (
Chiara
Lubich:
Escritos essenciais). O hábito contemplativo
suprime uma desatenta superioridade em relação a outros crentes batizados e a
suposição de que não tenho nada a aprender deles. Na medida em que o hábito da
contemplação nos ajuda a nos aproximarmos desta experiência como um dom, sempre
nos perguntaremos sobre o que o irmão ou irmã pode compartilhar conosco –
inclusive, o irmão ou irmã que de alguma maneira está separado de nós ou daquilo
que supomos que é a plenitude na comunhão. “Quam bonum et quam
jucundum...”.
Na prática isto pode sugerir que ali onde são realizadas
iniciativas para alcançar, com novos meios, um público cristão não praticante ou
pós-cristão, deve ocorrer um trabalho sério sobre a forma como este alcance pode
se enraizar numa prática contemplativa, compartilhada ecumenicamente. Além do
modo surpreendente pelo qual
Taizé desenvolveu uma “cultura”
litúrgica internacional, acessível a uma grande variedade de pessoas, uma rede
como a
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã, com suas
fortes raízes e afiliações beneditinas, trouxe novas possibilidades. E mais,
esta comunidade trabalhou com afinco para criar uma prática contemplativa
acessível às crianças e jovens, e isso precisa contar com o maior incentivo
possível. Tendo visto de perto – nas escolas anglicanas da Inglaterra – o modo
caloroso como as crianças respondem ao convite oferecido pela meditação nesta
tradição, acredito que seu potencial para introduzir as pessoas jovens na
profundidade de nossa fé é verdadeiramente muito grande. E para aqueles que se
distanciaram da prática regular da fé sacramental, os ritmos e as práticas de
Taizé ou da
CMMC (
WCCM suas
siglas em inglês) são muitas vezes um caminho de regresso ao coração e ao lar
sacramental.
Gente de todas as idades reconhece nestas práticas a
possibilidade, bastante simples, de viver mais humanamente – viver com uma
cobiça menos frenética, viver com espaço para a serenidade, viver esperando
aprender e, sobretudo, viver com a consciência de que há um gozo sólido e
perdurável a ser descoberto nas matérias pelas quais esquecemos nosso próprio
eu, bastante diferentes da gratificação que vem deste ou daquele impulso de
momento. Caso nossa evangelização não abra a porta a tudo isto, corremos o risco
de tentar sustentar a fé nos baseando numa série imutável de hábitos humanos –
com o conseguinte resultado demasiado familiar para a
Igreja,
vista como uma mais das instituições puramente humanas, ansiosas, ocupadas,
competitivas e controladoras. Num sentido muito importante, uma verdadeira
tarefa evangelizadora será sempre também uma reevangelização de nós mesmos como
cristãos, um redescobrir porque nossa fé é diferente, pois transfigura, e um
recuperar nossa própria humanidade.
E, é claro, acontece de maneira mais
eficaz quando não estamos planejando ou lutando por ela. Voltando novamente a
Lubac: “Aquele que melhor responderá as necessidades de seu
tempo será o que não fizer caso de responder a elas primeiramente” (op.cit.). E
“o homem que busca sinceridade ao invés de buscar a verdade, no esquecimento de
si mesmo, é como o homem que quer ficar distante ao invés de se abandonar
completamente no amor” (op.cit.). O inimigo da proclamação do
Evangelho
é a autoconsciência e, por definição, não podemos superá-lo sendo mais
conscientes de nós mesmos. Devemos voltar a
São Paulo e nos
perguntar: “O que buscamos?” Olhamos com ansiedade os problemas atuais, a
variedade de infidelidades ou a ameaça à fé e a moralidade, a fragilidade da
instituição? Ou buscamos
Jesus, o rosto revelado da imagem de
Deus, luz pela qual vemos a imagem do novo refletida em nós e
em nossos vizinhos?
Isto simplesmente nos lembra de que a evangelização é
sempre o transbordamento de outra coisa: a viagem do discípulo para a maturidade
em
Cristo; uma viagem que não está organizada por um ego
ambicioso, mas que é o resultado da insistência e da atração do
Espírito
em nós. Em nossas deliberações sobre como deve ser feito para que o
Evangelho de
Cristo seja novamente
apaixonadamente atrativo para os homens e mulheres de nossos dias, espero que
nunca percamos de vista aquilo que o faz apaixonante para nós, para cada um de
nós em nossos diferentes ministérios. Desejo-lhes regozijo nestes debates, nãos
apenas clareza ou eficácia no planejamento, mas deleite na promessa da visão do
rosto de
Cristo e no anúncio dessa plenitude na alegria da
comunhão um com o outro, aqui e agora.