
O atual prefeito do dicastério doutrinal disse, sem deixar espaço para interpretações, que a única leitura ortodoxa do Concílio Vaticano II é a que o considera como uma ocasião de reforma e de renovação, na continuidade do único sujeito-Igreja. Esta hermenêutica é, segundo Müller, a única que respeita “o conjunto indissolúvel entre a Sagrada Escritura, a Tradição completa e integral e o Magistério, cuja maior expressão é o Concílio presidido pelo Sucessor de Pedro, como líder da Igreja visível”.
O arcebispo Müller advertiu que existe uma “interpretação herética” que se opõe à interpretação correta: “a hermenêutica da ruptura, tanto no grupo progressista como no grupo tradicionalista”. Os dois grupos, segundo o atual titular do ex-Santo Ofício, possuem em comum a rejeição do Concílio: “os progressistas porque querem deixá-lo para trás, como se fosse uma estação que é preciso abandonar para chegar numa outra Igreja; os tradicionalistas porque não querem chegar até ele, como se fosse o inverno da Catholica”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário