quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Casamento Tati-Cristian, Porto Alegre


A celebração de um matrimônio é mais que um evento social ou cultural. é uma experiência do sagrado na vida. Não se trata de algo complicado e inacessível. Ao contrário, está presente no mais profundo e dinâmica do nosso ser, o amor. E a Escritura hebraica (assumidas também pelos cristãos), no livro do Cântico dos Cânticos, acolhe o íntimo da relação conjugal, como metáfora da comunhão com Deus.                Essa relação, quanto mais total, mais simples se manifesta, entre os que se amam, basta um olhar e tudo está dito e entendido. Três palavras, explicitam e ampliam o universo do amor, seja na expressão da fé religiosa,

como na vida matrimonial. Não significam três momentos distintos, mas três facetas de uma totalidade.

# OBRIGADO: 0 Olá!, sinto a sua presença em todos momentos da minha vida e de tantas maneiras. Desde a última vez que conversamos, naquela viagem, no entardecer do domingo... “Eras tu!”

 E o obrigado do casal será: “Dou-te graças, Pai Santo, pela Tatiana que criastes com tanto carinho”.  – “Obrigado pelo Cristian, a grande surpresa, que para mim guardastes...”

# PERDÃO, pelo que não fomos capazes de entender; pelo que sim, entendemos, mas não correspondemos, ou não o retomamos ao longo da vida!

# POR FAVOR. –“Às vezes temos muito o que pedir e noutras nem sabemos como dizer-lhe porque andamos ocupados em mil coisas quando o urgente sacrifica o essencial.

                O Deus da vida, nosso Pai e Mãe, aquele nos ama, repete para você Tatiana e Cristian e para os padrinhos e madrinhas que aceitaram ser os seus “anjos protetores” algumas orientações que não são mandamentos mas oportunidades que a gente não deveria perder:

 

# O casamento não significa dois seres humanos olhando eternamente um para o outro. Senão ambos, de mãos dadas, olhando na direção que querem dar às suas vidas. Sonhar juntos é começo de uma nova realidade. O amor sobrevive se tem ainda algo a ser conquistado” (Marcel Proust).  Nos amores passageiros o que se procura são coisas excepcionais: nos amores profundos, o que se quer é tempo para compartir as coisas de todos os dias, porque as coisas de todos os dias se tornam excepcionais.

 

# Não existe “amor à primeira vista” e sim uma atração que vai se transformando na conquista constante de toda a vida. Amar não é gostar, mas comprometer-se. É conhecer e assumir. Gostar é usar (comer uma laranja, saciar-se do outro, mesmo que fique bagaço no lixo). Amar é entregar-se a si mesmo. Conhecer é reduzir o outro a uma imagem que cabe no nosso conhecimento. Amar é sair de si mesmo, para que o outro seja feliz. O verdadeiro amor não se conhece pelo que exige, mas pelo que oferece.

 

# Casamento não é solidão a dois. Nem é “liquidificadora” que transforma as pessoas em sucos anômalos. O casamento vive e age na base de ser equipe. As pessoas não se anulam, nem se somam, mas mantendo sua própria identidade, crescem em progressão geométrica e não aritmética. O casal é formado por parceiros que continuam sendo diferentes. Não perdem a própria identidade (não há cronagem, não se fazem fotocopias). Nem deve haver dominação (intelectual, econômica, afetiva)  de um parceiro sobre outro.  Perder a própria identidade é comprometer a vida em comum, transformando-a em constante fonte de frustrações.    Mantendo as diferenças podem complementar-se, o que significa constantes ajustes, esforços de mutuo entendimento, autonomia com comunhão. – “O amor consiste em deixar que as pessoas a quem amamos sejam absolutamente elas mesmas e não em pressioná-las para que se amoldem à nossa imagem”. Thomas Merton

 

# Os parceiros não procurem em mundos distantes as oportunidades que perderam. Descubram as que existem onde moram agora. Então o habitual se transforma em surpresa.

 

 # O contrario do amor não é o ódio, mas outro amor incompatível. A agonia do amor é a indiferença.

 

# O casal que sucumbe ao consumismo, acaba comprometendo o futuro.

 

# Os Padrinhos-madrinhas, os amigos/as são, em primeiro lugar, modelos que sinalizam o rumo, os que mais ajudam não são os que dão sábios conselhos, mas os que são coerentes com os valores da fé que professam.

 

#  “Quero amar-te sem oprimir-te; apreciar-te sem julgar-te; unir-me a ti, sem invadir-te; invitar-te sem exigir; desejar-te sem impor-me...

 Cresceremos constantemente na amizade e comunhão recíproca, serás feliz e eu também, por causa da tua felicidade”; foi um bilhete entregue no dia do casamento e lido novamente 47 anos depois, nos últimos momentos de vida, com um só comentário:       + SIM TATIANA, SIM CRISTIAN:  VALEU !

 

Porto Alegre,rs. 16 Novembro 2012.                                                                                                              

 

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